Fátima 2017: Emigrante pede no Santuário a paz social para a Venezuela

«Não temos apoio dos governos», lamenta José António Santos devoto de Nossa Senhora: «o que aqui se pede aqui se encontra»

Fátima, 12 mai 2017 (Ecclesia) – José António dos Santos, natural da Venezuela, veio ao Santuário de Fátima pedir a paz e a ordem social para o seu país.

“Não temos apoio dos governos, ninguém fala da Venezuela; vim pedir a Nossa Senhora porque ela conhece os problemas da guerra, vim pedir a sua intercessão para o problema do país”, disse hoje à Agência ECCLESIA o emigrante a residir em Espanha, momentos depois da oração do Papa na Capelinha das Aparições onde Francisco apresentou as “dores da família humana”.

“Peregrino da Paz que neste lugar anuncias, louvo a Cristo, nossa paz, e para o mundo peço a concórdia entre todos os povos”, disse, em português o Papa Francisco.

“Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do Cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos”, recitou perante o silêncio da multidão que o acompanhou em oração na Cova da Iria.

Nascido na Venezuela, José António Santos teve de emigrar por causa da situação social que enfrentavam “sem comida ou medicamentos”.

“Temos de mandar continuamente medicamentos e comida; a família que continua na Venezuela diz-nos ao telefone que há dois meses não têm pão, não conseguem em nenhuma das padarias”, recorda o venezuelano de 42 anos.

José António sinaliza as “dificuldades” dos meios de comunicação em noticiar a real situação daquele país mas sublinha que “o pior é o canal humanitário” que está “fechado”.

Ao Santuário de Fátima, onde chegou “bem cedo para ficar num lugar à frente”, de onde apenas vai sair no final da celebração, José António trouxe uma bandeira onde tem inscrito: «Virgem de Fátima peço-te liberdade para a Venezuela».

“Não é uma simples bandeira, é o clamor de um povo”, indica.

O Papa, sendo latino, “conhece bem nos bairros pobres de Bueno Aires” e “sabe do que fala quando se refere às periferias”.

Devoto de Nossa Senhora de Fátima, José António Santos acredita que a Virgem vai interceder pelos venezuelanos.

“Tenho prova que tudo o que aqui se pede aqui se encontra. É vir pedir em maio e voltar em outubro para agradecer”, finaliza.

LS

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