Ordinariato Castrense: Dois novos capelães formados para «servir Portugal e a Igreja»

Padre Rodolfo Albuquerque, da diocese de Coimbra, e padre Tiago Ribeiro Pinto, da diocese de Setúbal, terminam formação e perspetivam missões no Exército e Marinha

Foto: Agência ECCLESIA/LS

Lisboa, 15 dez 2022 (Ecclesia) – O padre Rodolfo Albuquerque, da diocese de Coimbra, e o padre Tiago Ribeiro Pinto, da diocese de Setúbal, terminam esta sexta-feira o curso de capelão militar, que desde o dia 28 de novembro cumprem na Academia Militar.

“Servir onde a Igreja precisa de mim, tal como acontece desde o dia da minha ordenação. Se a Igreja precisa de mim nas Forças Armadas, pois muito bem. É ai que sou chamado a dar testemunho e a falar da beleza que é pertencer a Jesus”, conta o sacerdote da diocese de Setúbal.

O padre Tiago Ribeiro Pinto foi ordenado em 2014 e nomeado pároco de Miratejo, comunidade vizinha da base militar do Alfeite, sem qualquer ideia de um dia vir a ser capelão militar.

Padre Tiago Ribeiro Pinto/Foto: Agência ECCLESIA/LS

“O convite foi-lhe dirigido pelo bispo das Forças Armadas e de Segurança. Foi uma surpresa porque nunca me tinha passado pela cabeça mas, no fundo, é servir Portugal e a Igreja”, constata.

O colega da diocese de Coimbra encontrava-se na unidade pastoral de Oliveira do Hospital Sul, paroquiando nove comunidades “mais envelhecidas”, quando surgiu o convite para fazer o curso e ser capelão militar.

“Tem sido muito enriquecedor porque a formação incorpora muitos conceitos do mundo militar, do serviço que prestam as Forças Armadas e de Segurança. Somos capelães e temos o espírito aberto para com todos. Deus não faz distinção de pessoas e a nossa missão é para todos os que estão abertos e disponíveis para conversar”, conta.

Na Academia Militar, escola de formação de cadetes, o dia-a-dia é vivido entre os jovens que trazem “cada um, o seu contexto”, numa “normalidade pessoal”, onde se partilham conversas e geram aproximações.

“Sinto-me em casa. Alguns já estiveram inseridos nas suas comunidades de onde são naturais e muitos não chegam a «zero». Fazem o seu caminho espiritual e têm as interrogações próprias da idade. Mas são fruto do seu contexto e comunidade. Os jovens cadetes ficam surpreendidos quando percebem que somos padres e fazem muitas questões”, indica o padre Rodolfo Albuquerque.

“Dentro da Academia Militar conhece-se um mundo: impressiona a disciplina, o sentido de honra e dever. Vejo por estes dias, convivendo com estes alunos, o seu sentido de serviço, que também me edifica e ensina”, acrescenta o padre Tiago Ribeiro Pinto.

Padre Rodolfo Albuquerque/Foto: Agência ECCLESIA/LS

Findo o curso, é expectável que o padre Rodolfo seja colocado numa Unidade do Exército, “talvez em Coimbra”, e o padre Tiago na Marinha.

“A missão de ser capelão militar na Marinha passa por estar, ser presença. Mostrar a beleza de ser de Deus. Ajudá-los a crescer na amizade com Jesus, mas sobretudo estar, acompanhando e ouvindo-os”, perspetiva o padre Tiago.

O padre Rodolfo sublinha o sentido de acolhimento que se vive na diocese das Forças Armadas e de Segurança: “Os militares gostam muito de nós, da nossa presença. Querem-na”.

“O Exército é constituído por pessoas, e dessa forma, devemos estar presentes em todas elas. É para essas pessoas que vamos fazer esse trabalho e caminho com elas”, reforça.

LS

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