ONU/Guterres: Bispo das Forças Armadas antevê um organismo «revigorado» e mais voltado para a «pessoa humana»

Nações Unidas têm estado aquém das exigências, frisa D. Manuel Linda

Lisboa, 07 out 2016 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança considera que a eleição de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas é “uma extraordinária oportunidade para revigorar” aquele organismo internacional.

Num texto publicado na página online do Ordinariato Castrense, D. Manuel Linda sublinha que a ONU é “um órgão mundial, absolutamente imprescindível, mas que parece não ter estado à altura daquilo que as exigências atuais reclamam”.

Para o responsável católico, “as causas são múltiplas. Umas, externas, relativas à maior complexidade e conflituosidade do mundo atual. Mas outras são internas, às quais não são alheias as potências com assento permanente no Conselho de Segurança e com direito de veto”.

“A gravidade dos problemas mundiais exige, pois, uma verdadeira refundação da ONU, verdadeiramente, uma outra ONU”, defende D. Manuel Linda, convicto de que António Guterres será o homem certo para liderar este processo.

“Não vai ser tarefa fácil. Mas é determinante para a própria credibilização da ONU. E, mais ainda, para o bem possível deste mundo que se debate com fraturas de todos os âmbitos, muitas das quais escusadas”, salienta.

Sobre a personalidade do novo secretário-geral das Nações Unidas, o bispo das Forças Armadas e de Segurança realça o seu “humanismo” e também a sua “abnegação e capacidade de liderança”.

Qualidades que o antigo Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados “já demonstrou em inúmeras tarefas de alta dificuldade” e que “asseguram” ser ele “a pessoa mais indicada para proceder a esta recriação da ONU”, sustenta D. Manuel Linda.

“Se, enquanto co-nacionais, já tínhamos um motivo de alegria por esta eleição, a sua dedicação ao bem comum assegura-nos motivos de um são otimismo: a certeza de que, com ele, a ONU estará efetivamente ao serviço da pessoa humana e dos seus direitos inalienáveis, da paz e do desenvolvimento integral”, conclui o prelado.

JCP

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