Óbito/Porto: D. António Augusto Azevedo lembra «profundo serviço e dedicação à Igreja» de D. António Francisco dos Santos

Porto, 13 set 2017 (Ecclesia) – D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto, recordou o falecido D. António Francisco dos Santos como ser “um homem de Deus” que procurou “interpretar e viver no quotidiano” o exemplo e modelo de Cristo bom pastor.

“Era um homem bom, de profunda fé e profundo serviço e dedicação à Igreja, à Igreja do Porto que servia nos últimos anos, como foi certamente em Aveiro, Braga e Lamego”, disse à Agência ECCLESIA.

Para D. António Augusto Azevedo, o bispo do Porto era “um verdadeiro pastor” e ser “um homem de Deus” era “uma das suas marcas” tendo procurado, “como ninguém, interpretar e viver no quotidiano o exemplo e modelo de Cristo bom pastor”.

D. António Francisco dos Santos faleceu esta segunda-feira de manhã e a celebração exequial, que decorre a partir das 15h00.

O último grande encontro entre o bispo do Porto e os seus fiéis foi este sábado, na peregrinação ao Santuário de Fátima.

“Nunca tinha acontecido nada semelhante, teve dimensão, expressão e adesão que nos surpreendeu a todos e a ele particular”, assinala D. António Augusto Azevedo, recordando que o bispo do Porto viveu com “muita emoção, alegria e entusiasmo” a peregrinação e no final “estava imensamente feliz”.

“Nunca sabemos quando Deus nos chama, a sua partida foi ainda marcada com esse sinal de profunda felicidade desse encontro de Igreja”, observa o prelado.

O bispo auxiliar do Porto colaborava de perto com D. António Francisco dos Santos e guarda “memórias muito gratas, muito saudosas e muito sábias” para o futuro sem esquecer que foi quem presidiu à sua ordenação episcopal, a 19 de março de 2016.

“De facto, deu grandes ensinamentos, grandes sinais e grandes testemunhos do que é ser bispo. Do que isso significa da entrega, significa de sabedoria, de espírito evangélico que foi assim que viveu o ser bispo”, desenvolveu.

Quando D. António Francisco dos Santos chegou à Diocese do Porto, em 2014, o bispo auxiliar era então reitor do seminário e recorda o seu “conhecimento da realidade dos seminários, a realidade da vida” e a realidade dos padres”.

“Um dos traços mais importantes era a sua preocupação pessoal, não genérica, pessoal, concreta, pelos padres, pelos mais novos, também pelos mais idosos, pelos doentes, e pelos seminaristas”, acrescenta ainda o entrevistado.

Para além de D. António Augusto Azevedo, o bispo do Porto tinha o apoio dos bispos auxiliares D. António Maria Bessa Taipa e D. Pio Alves numa diocese com 2,06 milhões de habitantes e 477 paróquias espalhadas por uma área de mais de três mil quilómetros quadrados.

D. António Francisco dos Santos era natural de Tendais, no Concelho de Cinfães (Diocese de Lamego) e foi ordenado padre em dezembro de 1972; foi nomeado bispo do Porto em fevereiro de 2014, sucedendo a D. Manuel Clemente, e tomou posse a 5 de abril do mesmo ano.

PR/CB/OC

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