Nicarágua: «não é aceitável pensar que os mortos e as vítimas da violência possam resolver uma crise política» – Núncio apostólico

Conflito já causou mais de 360 mortos

Nicarágua, 18 jul 2018 (Ecclesia) – O núncio apostólico na Nicarágua fez um apelo para acabar com a violência que abala o país há três meses, desde o dia 18 de abril, e que já causou mais de 360 mortes.

“Neste momento trágico desejo expressar também em nome do Santo Padre e da Santa Sé a profunda preocupação pela grave situação que se está vivendo no país. Logicamente, não é aceitável pensar que os mortos e as vítimas da violência possam resolver uma crise política e garantir um futuro de paz e prosperidade para a Nicarágua”, afirma Waldemar Stanislaw Sommertag.

De acordo com o portal de notícias do Vaticano

“Faço um apelo às consciências de todos para se chegar a uma trégua que permita um rápido retorno à mesa do diálogo nacional para buscar juntos uma solução adequada e resolver assim a crise”, acrescenta o núncio apostólico.

Na Nicarágua, a oposição pede a “restauração da democracia e a renúncia de Ortega, no poder pelo terceiro mandato e desde 2007, governando juntamente com a sua mulhar, Rosario Murillo, que é vice-presidente.

O portal VaticanNews , a situação política tem provocado uma crescente agressão à Igreja Católica, almo de ameaças e ataques.

“No dia 9 de julho, o cardeal Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua, foi agredido, com o núncio e o bispo auxiliar de Manágua, D. Silvio Báez, por ativistas próximos ao governo”, refere.

“Apesar das repressões e agressões, os prelados nicaraguenses, por encorajamento do Papa, decidiram por unanimidade continuar o diálogo nacional: ao mesmo tempo denunciam “a falta de vontade política do governo de dialogar com sinceridade e buscar processos reais” que levem em direcção da democracia “, acrescenta o portal.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou também “a força excessiva de entidades ligadas ao governo do presidente Daniel Ortega”, salientando que o uso da força contra civis e estudantes “representa um obstáculo para obter uma solução política à situação atual”, refere o portal VaticanNews.

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