Natal por Moçambique

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (Fundação AIS) é uma Organização Pública Universal Dependente da Santa Sé. Foi fundada em 1947 pelo R.P. Werenfried van Straaten, o. praem. – inspirado na mensagem de Fátima, após a Segunda Guerra Mundial, para ajudar os milhões de refugiados da Alemanha de Leste.

É uma organização essencialmente pastoral, que não cessa de ajudar a Igreja, onde quer que seja perseguida, refugiada e ameaçada, em mais de 150 países. Apoiamos, anualmente, cerca de 8000 projectos em todo o mundo: na América Latina, na África, na Ásia e também na Europa de Leste e Ocidente, onde quer que a Igreja enfrente dificuldades. Os desafios são múltiplos!

A nossa missão assenta em três pilares: informação, oração e acção.

É essencial que o mundo saiba que existem países onde a Igreja é perseguida e os cristãos são violentados por causa da fé. A Fundação AIS tem por missão informar e dar a conhecer estas situações.

A oração é parte essencial da nossa missão. Tão importante quanto o apoio material que se pode oferecer a quem vive em privação é o conforto da unidade que se estabelece através da oração universal. Por isso, a Fundação AIS procura apelar à oração por todos os cristãos que se vêem impossibilitados de viver de acordo com a sua fé, bem como por todos aqueles que os perseguem e oprimem.

Informar e rezar para agir melhor. A Fundação AIS procura disponibilizar todos os meios possíveis para que a Igreja perseguida não deixe de realizar a sua missão de evangelização, chegando assim ao coração de todos os homens.

Em todo o mundo, a Fundação AIS tem milhares de benfeitores e amigos. São os seus donativos que mantêm viva a instituição. Eles dão, a Fundação AIS redistribui e a Igreja vive. Essencialmente, os donativos são utilizados na formação de seminaristas, padres, irmãs, catequistas e leigos, e na ajuda à subsistência das diversas comunidades religiosas. Além disso, o dinheiro é também usado na construção de igrejas, mosteiros, conventos, seminários e centros de catequese, assim como na aquisição de meios de transporte para o trabalho pastoral. Igualmente importante é o apoio prestado aos refugiados que, por motivos de fé, são forçados a abandonar a sua pátria.

Este ano, a Fundação AIS dedica a sua campanha de Natal à Igreja de Moçambique na sequência de uma recente visita feita a este país. Encontrámos uma Igreja jovem, alegre e acolhedora. Mas também vimos a pobreza e o grande sofrimento de uma Igreja sacrificada, cujos cristãos são privados dos sacramentos e da assistência pastoral por causa da falta de padres. Num país com cerca de 21 milhões de habitantes e uma área oito vezes maior que Portugal, a Igreja de Moçambique tem pela frente inúmeros desafios.

Cerca de 23.8% da população moçambicana é católica, existindo apenas 203 padres diocesanos, 95% dos quais se dedicam ao ensino. Esta situação faz com que cada vez mais descuidem o seu trabalho pastoral. É por isso fundamental o apoio aos padres, aos seminários e à formação de seminaristas.

Deste modo, os fundos recolhidos na campanha de Natal reverterão para a Igreja de Moçambique, nomeadamente para o apoio a dois seminários: 

Em Jecua, na Província de Manica, junto à fronteira com o vizinho Zimbabué, está o Seminário Diocesano de S. Carlos Luanga, onde trabalham os Missionários de Guadalupe de origem mexicana. O Reitor, P. Joaquin Toris Acosta, mostrou-nos as obras de construção do novo seminário que estão a correr bem, mas ainda há muito para ser feito. Contam com o nosso apoio para poderem oferecer alguma dignidade aos jovens que estudam e se preparam para o sacerdócio.

E o Seminário Propedêutico Santo Agostinho de Quelimane, acolhe 90 seminaristas mas as suas instalações são claramente insuficientes para a vida do mesmo. O Reitor do seminário falou-nos das necessidades mais urgentes.

Neste Natal seja solidário com a Igreja de Moçambique!

Catarina Bettencourt Martins, presidente da Fundação AIS-Portugal

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