Natal: Criador do mundo «oferece-se na pequenez», «enobrece os pobres» e enche de dignidade a «dureza do trabalho»

Papa Francisco convidou a «parar diante do presépio» para descobrir com «espanto inquietante» da ternura do Menino Jesus

Cidade do Vaticano, 24 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje na Missa da Noite de Natal que Jesus, ao nascer numa manjedoura, “oferece-se na pequenez”, afirma a importância dar “dignidade ao homem com o trabalho” e vem “enobrecer os excluídos”.

Diante do presépio, o Papa convidou a contemplar a “pequenez” de Jesus, que veio “enobrecer os excluídos”, revelando-Se primeiramente  aos mais pequenos, aos pastores, e “não a personalidades cultas e importantes, mas a gente pobre que trabalhava”.

“No dia da Vida, repitamos: chega de mortes no trabalho! Empenhemo-nos para que cessem”, pediu o Papa

Nesta noite, Deus vem encher de dignidade a dureza do trabalho. Recorda-nos como é importante dar dignidade ao homem com o trabalho, mas também dar dignidade ao trabalho do homem, porque o homem é senhor e não escravo do trabalho”.

Francisco afirmou que acolher a pequenez de Jesus significa “abraçar Jesus nos pequenos de hoje”, “amá-Lo nos últimos, servi-Lo nos pobres”.

“São eles os mais parecidos com Jesus, nascido pobre. E é nos pobres que Ele quer ser honrado”, sublinhou

Nesta noite de amor, um único medo nos assalte: ferir o amor de Deus, feri-lo desprezando os pobres com a nossa indiferença.

O Papa referiu que Deus, ao nascer numa gruta, em Belém, “não cavalga a grandeza, mas desce na pequenez”, que “é a estrada” que escolheu para chegar cada pessoa

“Deixemo-nos invadir por este inquietante espanto. Aquele que abraça o universo, precisa de ser tomado nos braços. Ele, que fez o sol, tem de ser aquecido. A ternura em pessoa precisa de ser mimada. O amor infinito tem um coração minúsculo, que emite batimentos leves. A Palavra eterna é infante, isto é, incapaz de falar. O Pão da vida tem de ser nutrido”, afirmou.

O criador do mundo não tem onde morar. Hoje inverte-se tudo: Deus vem, pequenino, ao mundo. A sua grandeza oferece-se na pequenez”.

Francisco disse que p desafio do Natal é compreender Deus, que “faz-Se pequeno aos olhos do mundo” e as pessoas continuam “a procurar a grandeza segundo o mundo, talvez até em nome d’Ele”.

“Deus abaixa-Se… e nós queremos subir para o pedestal. O Altíssimo indica a humildade… e nós pretendemos sobressair. Deus vai à procura dos pastores, dos invisíveis… nós buscamos visibilidade. Jesus nasce para servir… e nós passamos os anos atrás do sucesso. Deus não busca força nem poder; pede ternura e pequenez interior”, afirmou o Papa.

Francisco presidiu à Missa da Noite de Natal na Basílica de São Pedro, no Vaticano e disse que o pedido que cada pessoa deve pedir a Jesus é “a graça da pequenez”.

“Irmã, irmão, se, como em Belém, te circunda a escuridão da noite, se em redor notas uma indiferença fria, se as feridas que trazes dentro te gritam ‘contas pouco, não vales nada, nunca serás amado como queres’, nesta noite tens a resposta de Deus. Nesta noite, Ele diz-te: ‘Amo-te assim como és’”, concluiu o Papa.

PR

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