Media: Santa Sé defendeu na OSCE meios de comunicação «protegidos e liberdade reconhecida» pela Comunidade Internacional

Foto: OSCE

Cidade do Vaticano, 24 jun 2020 (Ecclesia) – A Santa Sé defendeu na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)  a proteção e responsabilidade dos Meios de Comunicação, numa reunião dedicada à liberdade de expressão, meios de comunicação e informação.

“Para fazer progredir a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade na sociedade, os meios de comunicação devem ser protegidos e a liberdade reconhecida pela Comunidade Internacional deve ser garantida”, explicou a delegação pontifícia na OSCE.

Segundo o portal ‘Vatican News’, a Santa Sé acrescentou que também se deve reconhecer que “a liberdade de expressão, como todo direito humano, tem responsabilidades que não podem ser ignoradas”.

“É inaceitável esconder-se atrás da liberdade de expressão como justificação para a discriminação, hostilidade ou violência contra uma religião ou seus membros. A liberdade de expressão deve incluir respeito e espaço para as opiniões, mesmo que diferentes, sem impedir debates críticos ou discussões sérias sobre religião”, desenvolveu na segunda reunião suplementar sobre a ‘Dimensão Humana 2020’, dedicada aos temas da liberdade de expressão, meios de comunicação e informação.

No âmbito da atual pandemia, a delegação pontifícia na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa foram recordadas as desigualdades no acesso à informação que colocaram as algumas pessoas numa situação maior vulnerabilidade e risco de sofrimento.

“A divergência digital entre ricos e pobres pode custar vidas, especialmente quando as informações cruciais não são oportunas. Sem acesso a informação responsável, transparente e atualizada, criam-se desigualdades ainda maiores no meio de um sofrimento já generalizado”, desenvolveu, pedindo que se garanta a todos acesso total e eficaz à informação percorrendo os caminhos do direito e do desenvolvimento económico.

A delegação da Santa Sé na OSCE convidou os meios de comunicação “à responsabilidade” de dar notícias “justas e precisas” sobre questões religiosas, permitindo aos membros das comunidades expressar sua opinião e encorajando o desenvolvimento de orientações específicas.

“Os meios de comunicação não fazem nada sozinhos. São instrumentos. Instrumentos usados como as pessoas escolhem usá-los”, referiu no contexto do fundamento ético dos meios de comunicação na sociedade, centrados na “pessoa e comunidade”.

O portal ‘Vatican News’ informa ainda que no discurso houve também esperança que os meios de comunicação de massa sejam inclusivos e encorajem uma rica e ampla troca de ideias e pontos de vista e a Santa Sé alertou que as redes sociais online, em particular, podem tornar-se instrumentos nocivos e veículos de mensagens de ódio.

CB/OC

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