Media: Igreja Católica sublinha importância do jornalismo «num contexto mundial tão negro e desumano»

Comissão da Conferência Episcopal Portuguesa para as Comunicações Sociais desafia comunicadores a denunciar «atropelos» da guerra e a promover a paz

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 24 mai 2022 (Ecclesia) – A Comissão da Conferência Episcopal Portuguesa para as Comunicações Sociais divulgou hoje uma mensagem dirigida aos profissionais dos media, elogiando o papel do jornalismo “num contexto mundial tão negro e desumano”, marcado pela guerra na Ucrânia.

“Novos e imprescindíveis desafios se lançam à comunicação social, não só na notícia que exprime a verdade dos factos, mas também na denúncia de todos os atropelos e manipulações com que a guerra se disfarça”, indica o documento, enviado à Agência ECCLESIA.

O texto é lançado por ocasião do próximo 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se assinala este domingo e tem como tema, por decisão do Papa, ‘Escutar com o ouvido do coração’.

“Na guerra todos perdem, como afirma o Papa Francisco. Importante, sim, que todos os comunicadores promovam a paz realçando os critérios e os valores que a ela conduzem”, aponta a Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais.

A mensagem evoca os últimos anos, marcados pela pandemia de Covid-19, e a “guerra que se abateu sobre a Europa e que teima em dizimar a Ucrânia”.

“Exortamos todos os comunicadores, num contexto mundial tão negro e desumano, a serem portadores de uma Boa Notícia”, pode ler-se.

A celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais foi a única do género a ser instituída pelo Concílio Vaticano II (Decreto ‘Inter Mirifica’, 1963).

Ano após ano, a Igreja convida todas as pessoas e todas as comunidades a refletirem sobre a importância da comunicação social no mundo atual e a agirem no sentido de participarem ativamente na promoção de uma autêntica comunicação que respeite a dignidade humana e o bem comum”.

Os responsáveis católicos convidam os agentes da comunicação social, jornalistas, empresários, escolas, associações, a “evitar tudo o que possa desvirtuar a verdadeira comunicação, como sejam o lucro, o domínio ideológico, a manipulação, a guerra das audiências”.

A prioridade, defende a Comissão da Conferência Episcopal Portuguesa para as Comunicações Sociais, devem ser “a pessoa humana e a edificação da sociedade”, com base “na justiça, na verdade, na paz, na igualdade, no bem e no serviço, sobretudo aos mais frágeis”.

O tempo de pandemia, que ainda estamos a viver, manifestou ainda mais claramente o papel relevante da comunicação social e de todos os que a ela se dedicam. Mais uma vez, na sequência de outras ocasiões, apresentamos a nossa palavra de reconhecimento e estímulo a todos os comunicadores”.

A mensagem conclui-se com um apelo a comunidades cristãs, famílias e grupos eclesiais.

“Com o olhar voltado para Jesus Cristo, modelo de Comunicador e Boa Noticia para o mundo, sintam-se interpelados a serem protagonistas de uma séria comunicação e a testemunharem no mundo a Boa Nova que toda a pessoa espera”, refere a Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais.

A sessão que vai assinalar o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2022 decorre esta sexta-feira, às 14h00, na sede da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

OC

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