Luta pela paz na África do Sul

Padre Gabriel celebra Bodas de Prata Sacerdotais Uma feliz coincidência a celebração das bodas de prata do sacerdócio do Padre Carlos Gabriel ocorrerem durante a sua estada na sua terra natal, Vila de Rei. Está há 10 anos em Joanesburgo, no bairro de Benoni, na África do Sul e são muitas as histórias que preenchem 25 anos de sacerdócio dedicado à Igreja, 23 dos quais em terras de África. “Trabalho com a comunidade portuguesa. Presto auxílio e tento responder aos apelos daqueles que me procuram. Há muitas histórias de sofrimentos na comunidade. Tento estar atento às suas necessidades.” A sua acção pastoral é feita em português, mas são muitos os que o procuram ”atendo todos, portugueses, africanos, ingleses, moçambicanos” afirma o Padre Carlos em declarações à Agência ECCLESIA. São inúmeras as histórias que recorda. Auxílio religioso, situações de dificuldade de várias ordens, “pedem-me palavras de conforto, procuram alguém que os escute, uma palavra de ajuda para os seus problemas e dificuldades. Sou confrontado com histórias de vida muito complicadas, conflitos familiares, problemas de droga e prostituição. Relatos incríveis. O que eu procuro é unir as pessoas”. A instabilidade que a comunidade portuguesa vive naquele país significa um forte apelo para continuar o seu trabalho em Joanesburgo “sair de África do Sul não está em cima da mesa. Quero continuar a dar o meu melhor. Sinto-me parte integrante da comunidade portuguesa naquele país.” Os níveis de violência baixaram ligeiramente e segundo o Padre Gabriel devem-se a uma maior consciência da necessidade de protecção individual de cada cidadão. “As condições de vida na África do Sul são muito diferentes da Europa, não há polícias pela rua que constituam um factor de dissuasão de violência. Os estabelecimentos e os lojistas investiram na segurança, há uma maior consciência.” Participou no Fórum Contra o Crime, mas já não se mantém ligado a esta organização. No entanto o sentimento humanitário de trabalho é igual “continuo a ajudar as vítimas do crime, a angariar fundos para eles, a desenvolver iniciativas a favor da paz.” Neste ano de celebração o sentimento é de “acção de graças a Deus por me ter permitido servi-LO, servindo a Igreja.” O Padre Carlos Gabriel manifesta uma grande alegria por esta caminhada de 25 anos e “confiança nos seguintes 25 anos de trabalho e dedicação seja onde for”. É com renovada energia que regressa às terras de África para aí continuar a ser instrumento de trabalho junto da comunidade portuguesa.

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