D. Manuel Clemente assinalou início do ano com apelos de justiça e paz
Lisboa, 02 jan 2014 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa pediu esta quarta-feira que a sociedade saiba ser uma escola de fraternidade e solidariedade, concretizando “um desígnio universal” de justiça e paz entre “pessoas, povos e culturas”.
“Deus põe-nos realmente nas mãos uns dos outros e o mais necessário é que não deixemos cair ninguém, por descuido ou omissão”, disse D. Manuel Clemente, na homilia da missa do primeiro dia do novo ano, solenidade litúrgica de Santa Maria Mãe de Deus.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sustentou que o exercício da fraternidade se deve alargar à “sociedade inteira” que, só assim, “fará jus a esse nome”.
“O melhor que as comunidades cristãs e outras comunidades crentes podem e devem fazer neste momento complexo e mesmo trágico da história mundial é serem escolas de fraternidade, escolas de solidariedade entre os seus membros e para com todos, concretizando um desígnio universal de justiça e paz entre pessoas, povos e culturas”, prosseguiu, durante a celebração na igreja paroquial de Moscavide, Patriarcado de Lisboa.
Citando a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, intitulada ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’, D. Manuel Clemente alertou para a “gravidade de uma globalização” que proporciona “proximidades inéditas”, mas que nem sempre significa “vizinhança e fraternidade universais”.
“A crise atual, com pesadas consequências na vida das pessoas, pode ser também uma ocasião propícia para recuperar as virtudes da prudência, temperança e justiça e fortaleza. Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem”, acrescentou.
O patriarca de Lisboa sublinhou o facto de o Papa mencionar a virtude da temperança imediatamente a seguir à prudência, considerando que hoje “precisamos de ser mais módicos nos gastos individuais para que tudo chegue a todos”.
RR/OC