Lisboa: Cardeal-patriarca apela ao aprofundamento de relações comunitárias para uma «cidade em que caibam todos»

D. Manuel Clemente destacou desafios levantados pela «geral indefinição de ideias, sentimentos e costumes»

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 24 mai 2021 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse este domingo que é preciso promover relações comunitárias para construir uma “cidade em que caibam todos”, face aos desafios levantados pela globalização.

“Para construir ou reconstruir uma cidade, no sentido comunitário do termo, é preciso bem mais do que um mercado de trabalho, ou a procura dele. Requer-se conhecimento mútuo, interpessoal e intercomunitário”, referiu D. Manuel Clemente, na homilia da Missa da solenidade de Pentecostes, com que se encerrou o tempo da Páscoa, no calendário litúrgico.

O responsável sublinhou a importância da “liberdade religiosa autêntica e solidariedade humana reforçada” para esta construção comunitária.

“Na globalização em que vivemos, juntam-se na nossa cidade pessoas de muitas nações, para aqui habitarem algum tempo ou ficarem mais estavelmente – tanto quanto alguma coisa é estável hoje em dia, na demografia e não só”, observou.

D. Manuel Clemente falou numa “geral indefinição de ideias, sentimentos e costumes”, numa sociedade que caminha “entre a indiferença e o atordoamento”.

“Ofereçamos Cristo à cidade que o espera. Sabemo-lo nós, saibamo-lo para todos”, apelou aos participantes na celebração.

Além da homilia de Pentecostes, o Patriarcado de Lisboa publicou online uma comunicação de D. Manuel Clemente ao Conselho Presbiteral, pelos oito anos de nomeação, na qual o cardeal sublinha o dinamismo gerado pelo Sínodo Diocesano.

A intervenção aponta, depois, à celebração da Jornada Mundial da Juventude, marcada pelo Papa Francisco para Lisboa, no verão de 2023.

“O interesse e o entusiasmo são crescentes, nas dioceses portuguesas e por esse mundo além. O próprio facto de ser, como esperamos, ‘a Jornada pós-pandemia’, faz dela uma ocasião por excelência de relançar o mundo em caminhos novos de solidariedade, de justiça e de paz, tão urgentes como coincidentes com as aspirações da juventude”, indica D. Manuel Clemente.

OC

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