Matilde Trocado, da Direção Pastoral e Eventos Principais, garante cerimónia com «cores do mundo» e «cultura portuguesa»
Lisboa, 02 ago 2023 (Ecclesia) – A cerimónia que na quinta-feira vai acolher o Papa Francisco na Colina do Encontro vai unir a “tradição e a contemporaneidade” mostrando os tapetes de flores, o cante alentejano e os bombos do Fundão mostrando a “cultura portuguesa”.
Matilde Trocado, da Direção Pastoral e Eventos Principais, deu hoje conta que as palavras-chave serão “alegria, encontro e peregrino”, num encontro feito de “tradição e contemporaneidade”, destacou durante uma conferência de imprensa, em Lisboa, no Media Center.
O grupo Ensemble 23, composto por 50 jovens, de 22 nacionalidades, esteve reunido durante seis semanas “numa residência artística” para preparar os eventos e estarão “sempre em palco”, garantiu Matilde Trocado.
“O elenco vai estar em toda a cerimónia, vai entrar antes da chegada do Papa e acompanha toda a cerimónia. Vários deles vão dirigir-se ao Papa a partir de cartas que escreveram e vamos escutar alguns excertos durante o acolhimento”, destacou.
A responsável valorizou o palco construído no Parque Eduardo VII, destinado a acolher “três eventos distintos”: a Missa de início da JMJ Lisboa 2023, a cerimónia de acolhimento e a Via-Sacra.
“Tem uma estética urbana, como uma mini-cidade, mas tem um azul muito português por causa do mar e isso dá uma leveza”, traduziu.
A cerimónia vai ter início às 17h45.
O compositor Héber Marques, do grupo HMB vai interpretar uma música, acompanhando o desfile de 180 jovens que vão ser portadores de 180 bandeiras.
O cantor Buba Espinho, juntamente com Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, vai interpretar cante alentejano e a fadista Mariza, “disponível desde a primeira hora”, vai mostrar “a beleza do fado”.
O cantor Tiago Bettencourt vai apresentar um tema original acompanhado de 50 bombos de várias aldeias do Fundão.
A cerimónia conta com a participação do Coro e Orquestra da JMJ Lisboa 2023 e ainda do Coro «Mãos que cantam», contabilizando mais de 300 pessoas.
“Um tapete de flores vais ser construído durante esta noite por pessoas do Sardoal, Vila do Conde, Viseu e Viana do Castelo”, deu conta Matilde Trocado.
A organização pretende que a cerimónia de acolhimento tenha um “caráter festivo e de encontro, mantendo a dimensão de oração”.
Matilde Trocado garante que a cerimónia vai ter “as cores do mundo”.
A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.
Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
LS
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