Dicastério para a Cultura e Educação quer apostar no Pacto global de Educação e em envolvimento alargado à sociedade
Lisboa, 02 ago 2023 (Ecclesia) – Antonella Sciarrone, do Dicastério para a Cultura e Educação, disse hoje que os jovens “estão muito envolvidos com questões da atualidade” e valorizou o seu interesse em procurar formas de mudança social.
“Os estudantes apresentam novas formas de olhar para a Economia, trazem novas ideias politicas que incluam as minorias, apresentam uma forma de ver o mundo e o progresso, numa perspetiva de ecologia integral”, valorizou a subsecretária do Dicastério, antecipando o encontro que o Papa Francisco vai ter na Universidade Católica Portuguesa com jovens universitários.
O Papa Francisco vai encontrar-se com estudantes universitários na quinta-feira, dia 3, de manhã, na Universidade Católica Portuguesa, estando previsto o testemunho “pessoal” de quatro jovens que irão apresentar a sua vivência em aspetos sobre a economia de Francisco, a sustentabilidade e a encíclica «Laudato Si», e o pacto global de educação.
“Os jovens são convidados a ser protagonistas da mudança e eles estão muito envolvidos com questões da atualidade”, valorizou Antonella Sciarrone.
“Vi muitos jovens interessados e estas atividades propostas pela UCP e a Cidade da Alegria são propostas não apenas a católicos e jovens e podemos envolver também adultos. Temos de ser capazes de permanecer em diálogo com os jovens, sejam eles católicos ou não. São temas importantes para todos e a nossa abordagem pode ser transformadora para os jovens no geral. Isto é muito positivo, penso que é a ideia do Papa Francisco quando propôs o pacto educativo, unindo católicos e não católicos”, acrescentou.
A subsecretária reconheceu o testemunho da UCP hoje, como presença de uma “experiência frutífera” da Igreja no campo educacional.
“O seu papel é muito importante e o encontro será uma excelente oportunidade para o dicastério porque queremos lançar o pacto global de educação, que convida todos os que se interessam por educação – estudantes, políticos, professores, associações privadas e internacionais”, indicou.
A responsável valorizou ainda o programa que desde segunda-feira decorre na UCP, que abriu com o IV Congresso Internacional sobre o Cuidado da Criação onde “muitos jovens partilharam como agir, com formas mais saudáveis e propuseram um investimento na investigação, na preservação de espécies e mudanças de estilos de vida”.
“A educação é uma das formas mais eficazes de tornar a nossa história mais humana. Devido à nossa crise e aos relacionamentos humanos, não bastam boas intenções”, sublinhou.
A conferência de imprensa divulgou números de participação na Missa de estimando a participação de “180 mil e os 310 mil participantes”, de acordo com dados estimados pelas “entidades envolvidas”, designadamente da Polícia de Segurança Pública (PSP), operadores de telecomunicações e Metropolitano de Lisboa.
Mariana Frazão disse que na cerimónia participaram 7120 padres, 500 bispos, 30 da Conferência Episcopal Portuguesa, 320 cardeais, e “55 jovens dos cinco continentes estiveram na equipa litúrgica”.
A cerimónia foi acompanhada por 100 elementos do Coro e 200 pessoas da Orquestra JMJ Lisboa 2023, tendo contado com 1800 ministros da comunhão.
A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.
Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
LS
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