JMJ 2023: Subida ao ponto mais alto de Portugal marcou envio de jovens açorianos (c/fotos)

«Chegar aqui acima é uma sensação de conquistar a montanha, vencer dificuldades, ter oportunidade para conversar, conhecer-se melhor, o que acontece na vida»  -D. Armando Esteves Domingues

Madalena do Pico, Açores, 25 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo de Angra e 130 jovens de todas as ilhas dos Açores subiram ao ponto mais alto de Portugal, numa iniciativa que marcou, simbolicamente, o envio para a JMJ Lisboa 2023.

D. Armando Esteves Domingues falou numa experiência “indescritível”, que simboliza a “coragem de subir sempre” e a capacidade de “transcender-se, em cada dia”.

“Chegar aqui acima é uma sensação de conquistar a montanha, vencer dificuldades, ter oportunidade para conversar, conhecer-se melhor, o que acontece na vida”, disse hoje à Agência ECCLESIA, após uma vigília de oração e a Missa de Envio para Jornada Mundial da Juventude.

Falando sobre a experiência na Montanha do Pico, o responsável católico sublinhou que “com os jovens parece tudo mais fácil”.

“Também me senti jovem a caminhar com eles, umas vezes mais à frente, outras atrás, umas incentivando, outras sendo incentivado”, observa o bispo de Angra.

No final da Missa do Envio, os participantes na subida assinaram simbolicamente o ‘Pacto da Montanha’ que foi apresentado e assinado também, na última noite, pelos jovens açorianos que vão participar na JMJ Lisboa 2023.

“Aqui em cima, quisemos deixar um grito para uma ecologia integral, como o Papa nos diz, amando a humanidade inteira”, indica D. Armando Esteves Domingues.

O compromisso inspira-se nas encíclicas ‘Laudato Si’ e ‘Fratelli Tutti’, do Papa Francisco, apresentando-se como um sinal de luta contra a “indiferença”.

“Só caminhando juntos e unidos podemos vencer os desafios que se colocam no hoje da nossa história”, assumem os jovens.

O padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), participou na iniciativa, assumindo o “cansaço” que se mistura com “muita alegria”.

“Não há nada como acreditar: quando se começa a acreditar, faz-se o caminho”, assinalou o sacerdote, que subiu ao Pico pela primeira vez.

O responsável assinala que, a caminho da JMJ, se vive um “pico de adrenalina”, que ajuda a superar dificuldades.

“O desafio da Jornada Mundial da Juventude é subirmos ao pico da nossa vida”, indica o diretor do DNPJ.

Para o padre Filipe Diniz, é importante assegurar a “continuidade” do movimento criado na preparação da JMJ e as estruturas que nasceram, neste percurso, a nível diocesano e paroquial.

“Esta é uma experiência que não pode ficar fechada aqui, fechada na Igreja”, apela, recordando a vivência muito “significativa” de 21 meses de peregrinação dos símbolos da JMJ pelas dioceses portuguesas.

Para D. Armando Esteves Domingues, é necessário refletir, após a JMJ, sobre as lições deste “grande evento da juventude”.

“Espero que seja um momento de grande renovação nos Açores”, aponta.

Fábio, seminarista açoriano que é natural da ilha do Pico, fala de uma experiência “riquíssima”, elogiando a presença do bispo diocesano, “sem nunca desistir”, capaz de subir até ao topo.

“Não é a primeira vez que subo, mas teve outro encanto”, relata.

O futuro sacerdote assume uma “grande responsabilidade” com a assinatura do “Pacto da Montanha”, acreditando na repercussão internacional deste gesto.

“Continuem a acreditar na nossa Igreja”, apela aos jovens.

Francisco Soares, da ilha de São Miguel, fez parte do grupo que subiu à montanha, uma experiência inédita na sua vida, que o deixou emocionado.

“Aqui em cima, parece que estamos mais próximos de Deus”, refere, considerando que esta foi uma experiência “espetacular”.

Filipa Rebelo, do Comité Organizador Diocesano (COD) de Angra, admite que o início da subida foi “penoso”, sensação que deu lugar a uma paz interior e uma “calma difícil de explicar”, após a missão cumprida.

A Diocese de Angra vai viver “a universalidade da Igreja” no acolhimento de 190 jovens peregrinos, do México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Timor-Leste, nos ‘Dias nas Dioceses’, de 26 a 31 de julho, antes da JMJ 2023.

“Os ‘Dias nas Dioceses’ vividos na nossa Igreja Diocesana, em primeiro lugar, fazem-nos sentir parte de um todo que é maior que nós próprios: é uma oportunidade de vivermos ‘cá dentro’ a universalidade da Igreja, a diversidade do seu ser, é como se toda a Igreja nos viesse visitar”, disse o coordenador do COD de Angra para a JMJ Lisboa 2023, padre Norberto Brum, à Agência ECCLESIA.

TAM/CB/OC

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