JMJ 2023: «Dias nas Dioceses» no Algarve «vão ter importância» do ponto vista eclesial, pastoral e económico

João Costa explica que estão a fazer «um acolhimento provisório» aos peregrinos que já chegaram, com «grande mobilização das paróquias» a partir de quarta-feira

Foto: Folha do Domingo/Samuel Mendonça

Faro, 25 jul 2023 (Ecclesia) – O coordenador do Comité Organizador Diocesano do Algarve para a JMJ Lisboa 2023 afirmou hoje que os ‘Dias nas Dioceses’ são importantes para “perceber” a diversidade na Igreja, também a nível económico, e adiantou que já chegaram peregrinos.

“Para nós como Igreja diocesana é muito importante perceber que nesta universalidade e nesta multiculturalidade toda existe algo comum, que é o encontro com Jesus Cristo que nos preenche tanto e realiza como ninguém ou outra coisa. A grande riqueza da Igreja está na sua diversidade, que tem união em Cristo, e é o grande ponto desta Jornada”, referiu João Costa à Agência ECCLESIA.

O responsável deu como exemplo a peregrinação dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a cruz e o ícone de Nossa Senhora – na diocese, que foi a primeira a receber este périplo nacional, em novembro de 2021.

“Como é possível tantas vidas diferentes, com problemas distintos, raças, línguas, encontrarem-se em Cristo, naquela Cruz e na Nossa Senhora. Se fosse somente para um país, um grupo linguístico, a amplitude da mensagem seria muito pouca, quando temos todo o mundo presente no mesmo sítio, e que esse pensamento passe sempre na pessoa de Cristo é a maior riqueza que podemos ter”, desenvolveu.

Os ‘Dias nas Dioceses’, a semana anterior à Jornada Mundial da Juventude, decorrem de 26 a 31 de julho, e João Costa, que realçou que do ponto vista eclesial, pastoral, vão “ajudar os jovens do Algarve a perceber o que é a Igreja Universal”, indicou também a importância do ponto de vista económico para a região.

“Do ponto de vista económico são pessoas que vão gastar dinheiro cá, vão gostar de estar cá. Somos um país que sabe acolher bem, somos uma região que sabe acolher bem, e do ponto de vista de futuro, estes jovens e peregrinos, provavelmente, como muitos de nós fizemos, vão ter a vontade de voltar, poder conhecer mais e amplificar este efeito económico”, acrescentou.

O Algarve recebe mais de 2700 peregrinos, de 41 grupos provenientes de 19 países, em três locais de acolhimento – Loulé, em Faro e Tavira -, e alguns já começaram a chegar, “por questões logísticas da viagem”.

Segundo o coordenador do COD Algarve, está a decorrer “um acolhimento provisório”, porque a “grande mobilização das paróquias” é a partir desta quarta-feira, com “um acolhimento informal”; depois começa o programa que foi definido a partir dos cinco pilares orientadores nacionais – acolhimento, descoberta, missão, cultura e envio.

Para João Costa, “o que vai marcar mais” no programa diocesano dos DND são a sexta-feira e o domingo, com “a grande Missa de envio” para a JMJ, no Estádio do Algarve.

“O dia 28 será muito importante para a comunidade e muito importante para os peregrinos. A experiência que queremos proporcionar aos peregrinos é que eles também deem alguma coisa à nossa comunidade”, explicou, indicando que vão realizar iniciativas de voluntariado “ambiental, mas também social”, que vão “marcar muito os peregrinos e as pessoas que vão acolher nos diversos contextos”.

Estas ações, esta sexta-feira, terminam em oração, em Faro, com a presença do irmão Alois, o prior da Comunidade ecuménica monástica de Taizé (França), em Loulé, “vão subir ao Santuário da ‘Mãe Soberana’, e, em Tavira, têm uma oração de “índole missionário”.

João Costa comenta ainda que os peregrinos DND vão ser recebidos em famílias de acolhimento e espaços coletivos, contextualizando que as famílias eram “o plano A”, não tiveram “tanta expressão,”, porque esta “região triplica a sua população” no verão e é para muitas pessoas “o ganha-pão do resto do ano”.

“Estas dificuldades crescentes de aumento dos créditos, das prestações, com a dificuldade em arranjar habitação, as pessoas ficaram um bocadinho retraídas e querem aproveitar o verão no máximo para ganhar dinheiro e sustentar o resto do ano. Tendo em conta isso, não poderiam estar em casa a receber pessoas, e muitas têm casas a arrendar”, explicou o coordenador do Comité Organizador Diocesano do Algarve para a JMJ Lisboa 2023.

CB/OC

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