Inquérito/CEP: Portugueses valorizam presença da Igreja Católica junto dos pobres e idosos

Respostas a estudo promovido pela Conferência Episcopal destacam ainda importância da fé na definição de um «sentido para a vida»

Fátima, Santarém, 18 abr 2012 (Ecclesia) – Os portugueses valorizam a ação da Igreja Católica junto dos mais pobres e dos idosos, destacando a importância da fé na definição de um “sentido para a vida”, revela um estudo hoje divulgado pela Conferência Episcopal.

Num inquérito a cerca de 4 mil pessoas, realizado pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), cerca de metade das respostas admitem que “sem a Igreja Católica, em Portugal, haveria mais pobreza” e dois terços acreditam que “sem a Igreja Católica, em Portugal, muitos (idosos, doentes) ficariam mais sós”.

Da mesma forma, 76% dos inquiridos admitem que “sem a Igreja Católica, em Portugal, muitos não encontrariam um sentido para a vida” e 69% consideram que “muitos morreriam sem esperança”.

Os responsáveis pelo inquérito revelam que “as proposições positivas sobre a Igreja Católica reúnem tendencialmente uma ampla concordância” e que “a discordância é preponderante quando aos estereótipos negativos”.

Como exemplo desta última tendência, 16,5% das respostas referem que “sem a Igreja Católica, em Portugal, haveria mais progresso”.

O estudo ‘Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas – 2011’ foi realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião e o Centro de Estudos de Religiões e Culturas entre outubro e novembro de 2011, em Portugal continental; o erro máximo da amostra com um grau de confiança de 95% é de 1,6%.

A análise dos resultados, enviada à Agência ECCLESIA, destaca a “forte presença dos indícios de uma socialização católica na sociedade portuguesa, numa ordem decrescente, do Batismo (87,9%) ao Crisma (47,5%)”.

“Ao reconhecimento de uma forte presença dos dispositivos de socialização primária, deve acrescentar-se a evidência de que a participação em ritos identificadores diminuiu ao longo da adolescência até à idade dos jovens adultos”, pode ler-se.

A sondagem revela que “a instrução religiosa infantil continua a marcar maioritariamente os processos de socialização”: apenas 16,1% dos casos correspondem a respostas negativas à pergunta «os seus filhos tiveram instrução religiosa?».

Independentemente da prática dominical, 82,5% dos católicos dizem que os filhos foram batizados ainda bebés.

Três quartos da população desta amostra apresenta-se “estável” quando à pertença religiosa; nos casos de mudança de posição religiosa, a a adesão à Igreja Católica corresponde a 2,7% dos casos, destacando-se a “alteração quanto à forma de objetivar a pertença religiosa” (45,2%) e a “desvinculação religiosa” (24,1 %).

A sondagem indica ser “raro que a religião seja tema de conversa noutros circuitos sociais, como o trabalho ou as relações de vizinhança”.

A sondagem abrangeu cidadãos portugueses com 15 anos ou mais, distribuídos por regiões rurais, semiurbanas e urbanas, divididos por cinco regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Os resultados foram apresentados na assembleia plenária da CEP, que decorre até quinta-feira, em Fátima.

OC

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