Igreja: Voluntários deixam emprego para abraçar projetos missionários

17 jovens integram grupo de 548 pessoas que vai dedicar-se a iniciativas solidárias em países em desenvolvimento

Lisboa, 09 jul 2014 (Ecclesia) – 17 voluntários portugueses vão deixar o seu emprego este ano para integrar projetos missionários da Igreja Católica, anunciou hoje a Fundação Fé e Cooperação (FEC).

Com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, estas pessoas juntam-se a 11 reformados que vão dedicar o seu tempo em experiências de voluntariado missionário, representando um total de 2% no universo do número de partidas em 2014.

548 jovens e adultos vão realizar este ano projetos de voluntariado missionário em países em desenvolvimento e 992 em Portugal, revelou hoje a FEC, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A organização precisa que 134 pessoas partem para Cabo Verde, 94 para Moçambique e 90 para a Guiné-Bissau; São Tomé e Príncipe acolhe 78 voluntários, Angola 74, o Brasil 45 e Timor-Leste 14.

Além dos países lusófonos, quatro voluntários marcam ainda presença no México e dois na Zâmbia.

Os dados são resultado de um inquérito feito às 61 entidades que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC, das quais 38 (mais uma do que em 2013) enviam voluntários em missão.

Educação/formação, animação sociocultural, pastoral, construção de infraestruturas e saúde são as áreas de intervenção das entidades que atuam nos países em desenvolvimento, promovendo ações de voluntariado missionário.

514 pessoas vão fazer voluntariado nos países em desenvolvimento, integradas em projetos considerados de curta duração, ou seja, entre 1 a 6 meses; 34 pessoas dedicam um ou dois anos da sua vida ao voluntariado para a cooperação de inspiração cristã.

A grande maioria dos voluntários que parte em 2014 tem entre 18 e 30 anos, sendo que destes, 87% são estudantes, recém-licenciados ou pessoas empregadas que utilizam o seu tempo de férias para se dedicar ao desenvolvimento de projetos de voluntariado internacional.

A área de ‘educação/formação’ é a que tem maior intervenção e as crianças são o público-alvo preferencial.

“Aprendizagem de novas formas de estar/ser e vontade de continuar a dar apoio a projetos locais a partir de Portugal” são as principais transformações sentidas pelos voluntários, refere a FEC.

Em Portugal, a maior parte dos voluntários desenvolve atividades de animação sociocultural e de trabalho pastoral, num total conjunto de 66% de ação nestes campos; 50% das entidades focam o seu trabalho nas crianças e nos jovens e 23% tem especial atenção à população mais idosa; 11% dedicam-se ao trabalho com famílias.

A FEC dinamiza a Rede do Voluntariado Missionário em Portugal desde 2002 e, anualmente, reúne os dados estatísticos desta realidade que ao longo dos últimos anos levou 5449 voluntários a países em desenvolvimento.

OC

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