Igreja teme «explosão social violenta»

Vice-presidente da CEP assegura que a peregrinação de Maio, em Fátima, terá presente quem mais sofre com a crise D. António Marto quer que a Peregrinação Internacional Aniversária tenha “presente o agravamento das dificuldades no nosso país”. O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa diz esperar que a crise não se venha a transformar “numa explosão social violenta”. “Medo angústia, revolta, sentido do fracasso, são sentimentos normais, mas a crise social não se pode transformar numa crise social violenta. Para a evitar, “Estado, empresários, trabalhadores, sindicatos, sociedade civil”, podem “contribuir com a sua parte”. O Bispo de Leiria–Fátima afirmou ao jornalistas presentes na conferência de imprensa de Terça-feira que a simples participação não é suficiente, mas deve “provocar um assumir das responsabilidades a favor dos que precisam” e infundir “coragem para dar os passos necessários para resolver a situação actual”. “Cada um é chamado a realizar a sua própria parte”, considerou, conduzido pelo “espírito de solidariedade, que é reconhecer em quem está em necessidade um irmão a amar e a ajudar”. D. António Marto pediu “um alto sentido de responsabilidade” para “encontrar respostas respeitadoras e promotoras da dignidade de todo o ser humano que comporta, entre outras coisas, garantir o direito ao trabalho”. O Bispo de Leiria–Fátima deixou o apelo para o trabalho em rede “entre todos as instituições cristãs – paroquiais, diocesanas e nacionais”. “O trabalho em rede é mais eficaz e inteligente”, destacou o bispo, apontando a ajuda que a Caritas diocesana, as Conferências Vicentinas entre outras instituições prestam a cerca de seis mil pessoas. Também o Santuário de Fátima presta ajuda a muitas igrejas mundiais consagradas a Nossa Senhora. O Pe. Virgílio Antunes, Reitor do Santuário, confirmou que são muitos os Bispos, as instituições de solidariedade social, e muitos particulares que pedem a ajuda do Santuário. D. António Marto pediu uma “renovada e séria política social para dar respostas continua às necessidades das pessoas”. “É preciso sabedoria e coragem para o viver pessoal e social”, num renovado “estilo de vida, mais sóbrio” e capaz de promover “uma solidariedade feita de proximidade e partilha respeitosa e concreta”. O Bispo de Leiria–Fátima quer ainda ter presente nesta peregrinação a viagem do Papa à Terra Santa, talvez a “viagem é a mais simbólica, corajosa, arriscada e significativa do pontificado”. D. António Marto desatacou a dimensão ecuménica e o impulso no inter-religioso “trilateral entre judeus, cristãos e muçulmanos”, na viagem de Bento XVI.

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