Solidariedade para ultrapassar a crise

Presidente da Caritas Internationalis, Cardeal Óscar Maradiaga, vem a Fátima deixar mensagem de esperança Uma mensagem de fé e esperança vai ser deixada pelo Cardeal Óscar Maradiaga, Presidente da Caritas Internationalis, aos peregrinos que vão participar na Peregrinação Internacional Aniversária no Santuário de Fátima. “A solidariedade é o valor necessário em especial para os nossos tempos”, afirmou o Cardeal aos jornalistas durante uma conferência de imprensa. Falando da crise económica e financeira, mas também “de valores e antropológica”, D. Óscar afirmou que só quando “sairmos de nós mesmos e virmos os outros, podemos pensar em soluções para a crise” que “não se soluciona pela injecção de capital no sistema financeiro”. Com a actual crise, “estamos conscientes que só com o diálogo é possível evitar reduzir a globalização ao aspecto económico. Uma globalização excludente é um mal para a sociedade”, indicou. Questionado pela ajuda que as Igrejas dão no combate à pobreza, D. Óscar indicou que se sente uma quebra das ofertas. “Mas numa reunião recente, em Roma, uma Caritas europeia dizia que com a motivação da crise, as ofertas da Caritas aumentaram em 20 milhões de euros”. “A crise não gera necessariamente uma diminuição da solidariedade”, mas pede uma “redução das coisas supérfluas para aumentar a caridade”. A caridade é a virtude mais importante, centrou o Presidente da Caritas Internationalis. O Cardeal defende o diálogo com as instituições financeiras para acabar com a divida externa. “Criar uma nova ordem mundial. Chegar a uma nova hierarquia de valores” que coloquem “a economia para o homem e não o contrário”. A presidir à Peregrinação, o Cardeal hondurenho reconheceu que a mensagem de Fátima é “actual, não do passado”, apontou, pedindo um “olhar em frente com esperança”. “Em 1917, viviam-se anos muito difíceis, em plena guerra mundial. Havia também muita pobreza e mensagem de Maria foi de esperança”. Questionado sobre as emergências mais prementes no mundo, D. Óscar Maradiaga apontou as situações vividas no Sri Lanka, Gaza, Zimbabué, Cuba, Haiti, como “palcos terríveis”, mas também “em Cuba, devido ao embargo”, onde se assistia a muitas dificuldades para fazer chegar “medicamentos à população”. A Caritas Internationalis coordena o trabalho de 164 Caritas. “As Caritas da Europa têm mais possibilidades. Elas ajudam aos países mais necessitados e estão presentes nas emergências”.

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