Igreja/Sociedade: Opus Dei comemora 75 anos de «trabalho estável» em Portugal (c/vídeo)

Padre Hugo de Azevedo lembra que fundador da obra «era muito afetuoso com toda a gente»

Foto Opus Dei

Lisboa, 06 jul 2021 (Ecclesia) – A prelatura do Opus Dei está a comemorar 75 anos de “trabalho estável” em Portugal, com diversas iniciativas que lembram o serviço realizado desde 5 de fevereiro de 1946, assim como o seu fundador, São Josemaria Escrivá.

“Era muito afetuoso com toda a gente, com todos nós”, recordou o padre Hugo de Azevedo, no programa ‘Ecclesia’ transmitido hoje na RTP2.

Sacerdote do Opus Dei desde 1955, o padre Hugo de Azevedo privou de perto com o fundador da prelatura, São Josemaria Escrivá, que faleceu em 1975.

“Tinha insinuado que morreria mais cedo; Eu só chorei quando elegeram o D. Álvaro [del Portillo], foi nesse momento que eu senti a ausência”, partilha o sacerdote.

O padre Hugo de Azevedo lembra que uma vez, em Roma, São Josemaria Escrivá pediu-lhe a “agenda” e escreveu: “Que bem entendo as saudades quando se está longe de Portugal”.

Do livro das memórias, o sacerdote português recorda uma viagem do fundador do Opus Dei ao Porto, onde estavam a “preparar a residência de estudantes universitários da Boavista”, e viu uma pessoa “de uma simpatia, de uma simplicidade, de uma juventude, que não esperava”.

“Subiu as escadas de madeira para o primeiro piso cantando, esse momento é que fixei, que não posso esquecer: Ver um sacerdote já maduro tão ágil e, ao mesmo tempo, a cantar uma canção popular”, explicou o padre Hugo de Azevedo, que este ano publicou o livro ‘O Fundador do Opus Dei em Portugal: um testemunho pessoal’.

Em Portugal desde 5 de fevereiro de 1946, a instituição católica foi criada 18 anos antes em Espanha, em 1928, por São Josemaría Escrivá de Balaguer, canonizado em 2002, com a finalidade de colaborar na missão evangelizadora da Igreja e na difusão da visão cristã no mundo.

O vigário regional do Opus Dei, padre José Rafael Espírito Santo, lembra que o “trabalho apostólico estável” da obra em Portugal começou na Diocese de Coimbra e, atualmente, têm “pessoas por todo o país para servir a Igreja”.

Do trabalho apostólico em Portugal destacam-se iniciativas de caráter social, de educação e pastoral, com casas de retiros, centros de formação sacerdotal, a escola de formação no âmbito empresarial AESE Business School, clubes de formação de adolescentes, colégios e residências universitárias.

Pedro Viana, da comissão das comemorações dos 75 anos do Opus Dei em Portugal, recorda que este foi o primeiro país onde começaram o seu trabalho, depois de Espanha, com a mensagem que “é possível encontrar Deus no dia-a-dia, nas tarefas diárias”, e ter uma relação “muito terna, de um filho com um pai”.

Opus Dei é uma prelatura pessoal da Igreja Católica – figura pastoral prevista no Concílio Vaticano II – que “sensibiliza” os cristãos para a importância religiosa da “vida corrente do dia-a-dia, na família e no trabalho”, e oferece uma proposta formativa, teológica, espiritual e apostólica, que passa por retiros, aulas de formação, círculos sobre temas de vida cristã, e acompanhamento espiritual pessoal.

CB

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