Igreja/Portugal: D. Rui Valério destaca papel dos militares na construção do país, de Aljubarrota ao 25 de Abril

Patriarca de Lisboa presidiu a Missa no 106.º aniversário da Batalha de La Lys – Dia do Combatente

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Batalha, 07 abr 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, presidiu hoje a uma Eucaristia no 106.º aniversário da Batalha de La Lys-Dia do Combatente, destacando o papel dos militares portugueses na construção do país.

“Em La Lys, batalha hoje evocada no seu centésimo sexto aniversário, como em Aljubarrota, em 1385, ou em Lisboa em 1147, ou em 1974 e 1975, ou nas recentes lutas contra a pandemia, e no combate aos incêndios, assim como no dia-a-dia de labuta, os nossos combatentes dão corpo e forma histórica aos valores que desenvolvem dentro de si.”, referiu o administrador apostólico das Forças Armadas e de Segurança, no Mosteiro da Batalha.

Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, o responsável católico sublinhou os 50 anos da revolução de abril e a “conquista da democracia”.

“Portugal não só homenageia os seus filhos que deram a vida pela nação, maravilhosamente personificados no icónico ‘Soldado Desconhecido’, mas agradece a Deus, a certeza de que eles participam do perene sacrifício de Cristo, que derramou o seu sangue pela salvação da humanidade”, acrescentou.

Para D. Rui Valério, o país deve a sua homenagem a todos os que, “face à violência da guerra, se assumem protagonistas da paz”.

“Quando a paz penetrou o ADN do ser de alguém; quando a liberdade se tornou na evidência do seu próprio respirar; e o resplandecer da luz irrompe como uma arma para vencer as trevas do egoísmo, do ódio, e da cegueira mental, então é impossível permanecer indiferente, ou alheado da realidade”, indicou.

Tivesse ocorrido no Campo da Honra, ou hoje no campo de trabalho ou da família onde a vida exige sacrifício e entrega; seja nos relentos das batalhas, ou nas áreas gélidas da exclusão… é sempre a prontidão e a disponibilidade, a dedicação de quem se oferece para travar o combatente, que ao fazer a diferença, constrói um mundo diferente”.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

A celebração contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, membros do governo, incluindo o novo ministro da Defesa, Nuno Melo, e responsáveis militares.

D. Rui Valério saudou os participantes, no início da celebração, assinalando o “momento de tanta complexidade” que se vive no mundo.

A comemoração do 106.º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, incluiu uma cerimónia militar evocativa e a deposição de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo.

OC

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