Cónego António Rego diz que horas de informação religiosa na TVI se devem ao cardeal patriarca emérito de Lisboa
Lisboa, 13 mar 2014 (Ecclesia) – O cónego António Rego, jornalista e sacerdote em Lisboa, afirmou hoje que se deve a D. José Policarpo a prática do Concílio Vaticano II no patriarcado.
“A grande originalidade como pastor foi ter trazido um Concílio para a prática da sua diocese. Um concilio que ele viveu e que estudou profundamente”, afirmou à Agência ECCLESIA o antigo diretor do Secretariado nacional das Comunicações Socais.
O sacerdote sublinha “o esforço de traduzir no campo dos leigos, no ecumenismo, na liturgia o Concílio para a pastoral do nosso tempo”, acrescentando ainda “a movimentação que deu aos leigos e aos padres”.
“São sinais que tinham luz, clarividência, discernimento e esperança para a diocese”, referiu.
D. José Policarpo, que faleceu esta quarta-feira, aos 78 anos, vítima de aneurisma na aorta, designou o cónego António Rego na diretoria da informação da TVI, em 1992.
“Do ponto de vista pessoal tenho isto como importante: ele explicou-me muito bem a minha missão de jornalista e de padre sem nunca ter havido qualquer conflito. Eu era padre jornalista e essa foi uma missão em que ele apostou, não fazendo disso um luxo ou um gosto pessoal”, recorda o sacerdote açoriano.
Sobre o projeto televisivo, o cónego António Rego afirma que as duas horas que semanalmente existem na programação se devem ao cardeal patriarca emérito.
“Foi um projeto de leigos que ele apoiou, correu riscos mas deixou sinais, e as duas horas de emissão que ainda existem onde a Igreja se exprime em liturgia e dinamismo, a ele se deve”, sutentou.
O sacerdote recorda a “grande aproximação” que manteve com D. José Policarpo quando este foi “proclamador do Concilio”.
“Quando ele levava a parte teórica da conferência e eu levava os audiovisuais que ilustravam a sua palavra. Foi isso que nos aproximou”, acrescenta.
O cónego Rego lembra um homem “claro e frontal, de fé, de grande lucidez e de doutrina” que “combateu o bom combate” e que soube fazer uma “pastoral de evangelização”.
PR/LS
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