Igreja/Portugal: Primeiro-ministro destaca «personalidade extraordinária» de D. José Policarpo

Pedro Passos Coelho diz que falecido patriarca emérito «transcendeu» fronteiras

Lisboa, 13 mar 2014 (Ecclesia) – O primeiro-ministro de Portugal evocou hoje em Lisboa a “personalidade extraordinária” de D. José Policarpo, patriarca emérito falecido esta quarta-feira, aos 78 anos, de uma forma “totalmente inesperada”.

“Trata-se de uma figura extraordinária, na Igreja portuguesa, com uma carreira distintíssima, uma personalidade também muito apreciada fora de Portugal, um homem de grande fé, da Igreja, que transcendeu em muito as nossas fronteiras”, disse Pedro Passos Coelho aos jornalistas, na Sé de Lisboa, onde se encontra o corpo do falecido cardeal.

O líder do executivo destaca a personalidade “muito ligada” à Universidade, “à vida e ao mundo intelectual, sem com isso deixar de ser um homem bom, de grande bondade”.

Passos Coelho recordou o falecido cardeal como um “conversador, com grande sentido de humor”.

“O seu desaparecimento deixa-nos a todos muito mais pobres. Trata-se de alguém que se distinguiu no exercício das suas funções, que como pessoa foi sempre tolerante, um homem do seu tempo”, acrescentou.

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros um dia de luto nacional pela morte do cardeal D. José Policarpo, que será cumprido na sexta-feira.

“O Governo declarou luto nacional no dia 14 de março como expressão de pesar pelo falecimento de sua excelência o cardeal D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa”, refere o comunicado emitido no final da reunião do Conselho de Ministros.

Segundo o primeiro-ministro, esta é uma maneira de “prestar homenagem”, expressando a “grande consideração e sentido de perda que a sociedade portuguesa hoje sente com o seu desaparecimento”.

Passos Coelho recordou ter falado “várias vezes” com o falecido patriarca, “quer como primeiro-ministro, quer no exercício de outras funções”.

“Guardo dele uma imagem de homem bom, de uma pessoa ao mesmo tempo simples, mas sofisticada, um intelectual que nunca temeu descer à realidade, às coisas simples da vida. Guardo dele uma memória muito, muito positiva e que quero conservar”, concluiu.

O cardeal, também antigo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, faleceu esta quarta-feira, aos 78 anos, na sequência de um problema cardíaco.

A Sé de Lisboa vai acolher esta noite, às 21h30, uma vigília de oração, permanecendo aberta até à meia-noite.

Na sexta-feira, às 10h00, serão recitadas as Laudes e o corpo do cardeal vai estar em câmara ardente até ao início da Missa, às 16h00, presidida por D. Manuel Clemente, seu sucessor, seguida de cortejo para o Panteão dos Patriarcas no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

MD/OC

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