Igreja/Política: Assembleia da República convoca fundação Católica para debater perseguição aos cristãos no mundo

Ajuda à Igreja que Sofre vai apresentar relatório sobre o tema

Lisboa, 10 abr 2018 (Ecclesia) – A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia da República, convocou a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) para debater a “perseguição aos cristãos no mundo”, pelas 12h00, desta quarta-feira.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, a AIS explica que o convite surge na sequência do relatório ‘Perseguidos e Esquecidos’ que foi publicado em 2017 e é uma análise à perseguição aos cristãos, entre agosto de 2015 e julho do ano passado.

“Nunca na História se verificou uma perseguição tão violenta contra um grupo religioso como nos tempos atuais”, destaca a fundação pontifícia, nas conclusões do seu documento.

‘Perseguidos e Esquecidos’ analisa 13 países e em todos a situação dos cristãos “deteriorou-se”, o que significa que, em muitos lugares, “é a própria sobrevivência do Cristianismo que está em causa”.

Esta quarta-feira, a partir das 12h00, o relatório vai ser apresentado “detalhadamente” na Assembleia da República aos deputados que integram a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que é presidida pelo deputado Bacelar de Vasconcelos.

Em abril de 2016, a Assembleia da República aprovou um “voto de condenação” pelo genocídio de cristãos e de membros de outras minorias religiosas no Médio Oriente e em África, com a abstenção dos deputados do Partido Comunista, e em outubro seguinte a fundação pontifícia foi recebida em audiência pela Comissão de Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas.

A AIS lembra que a Assembleia da República, em abril de 2017, aprovou uma recomendação para que o governo português passe a ter “uma atuação firme, ativa e global” na defesa da liberdade religiosa no mundo, “na denúncia e combate à intolerância, discriminação e violência cometidas contra quaisquer pessoas, em função da sua filiação étnica ou religiosa”.

O secretariado português da AIS recorda também que já foi recebido pela referida comissão e que o tema da liberdade religiosa ou da perseguição aos Cristãos foi debatido em São Bento, por exemplo, em abril de 2015, na sequência da apresentação pública do ‘Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo’.

“Já então a fundação procurou alertar os deputados para a situação trágica em que se encontram minorias religiosas que são perseguidas, em vários países, por causa da fé”, contextualiza o comunicado.

Em maio de 2015, foi criado o ‘Grupo informal de Solidariedade para com os Cristãos Perseguidos no Mundo’, por deputados da Assembleia da República, com o objetivo de “denunciar casos de perseguição”.

CB

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