Igreja/Património: Museu do Santuário de Fátima recebe prémio Intervenção e Restauro 2020

Galardão atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia

Foto DR

Fátima, 21 Out 2021 (Ecclesia) – A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) entregou, esta quarta-feira, na Cova da Iria, o prémio Intervenção e Restauro 2020 ao Museu do Santuário de Fátima, pelo trabalho realizado no restauro do manto da Rainha D. Amélia, peça que esteve exposta na exposição temporária «Vestida de Branco», durante 2019.

“É uma enorme honra recebermos esta distinção porque o santuário deu sempre uma especial atenção ao seu Museu, que tem uma visibilidade cada vez maior na dinâmica desta casa, e o Museu está ao serviço da pastoral do Santuário, mas é, claramente, um polo de cultura que queremos valorizar”, disse, na ocasião, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas na ocasião.

O prémio foi entregue pelo presidente da APOM, João Neto, que elogiou a fé e a paixão que o Santuário de Fátima imprime no seu Museu.

“Nós estamos numa casa de fé e paixão… Muitos daqueles que trabalham para os museus e para o património têm essas duas qualidades, sempre, no coração. É isso que nos move e é essa fé que nos acompanha a lutar, diariamente, pelo nosso país e pelo património. O trabalho que está aqui a ser feito acaba por representar muito do que nós sentimos todos os dias em cada uma das nossas instituições”.

Para diretor do Museu do Santuário de Fátima, esta distinção da APOM motiva a continuar o trabalho de preservação do património que o santuário tem vindo a realizar.

“Este trabalho foi feito por uma equipa de conservadoras/restauradoras externa, mas acompanhado pelos técnicos de conservação e restauro do Museu Santuário. Com esta intervenção no manto da rainha D. Amélia não beneficia apenas o Santuário de Fátima e os seus peregrinos, mas toda a identidade nacional”, afirmou Marco Daniel Duarte.

O galardão atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia distinguiu a intervenção de conservação e restauro levada a cabo por uma equipa de especialistas, liderada por Cristina Oliveira e Inês Cayres, intervenção que visou restabelecer a estabilidade física e melhorar, dentro do protocolo das ciências do património, o aspeto visual da peça que se encontrava em avançado estado de deterioração.

A intervenção, que teve a duração de oito meses, consistiu na desmontagem das várias partes constituintes da peça, na limpeza de sujidades por via mecânica, na planificação do tecido através de humidificação controlada, na fixação da pedraria em destacamento e na montagem da peça, entre outras intervenções consideradas pertinentes.

O anúncio do prémio foi feito em dezembro de 2020, em cerimónia realizada online e, devido à pandemia, só agora foi formalmente entregue ao Museu do Santuário de Fátima.

LFS

 

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