Igreja/Militares: Há um espaço na Base Naval de Lisboa dedicado ao apoio a pessoas mais carenciadas

Projeto ajudou recentemente as vítimas dos incêndios em Pedrogão Grande

Lisboa, 26 out 2017 (Ecclesia) – Na Base Naval de Lisboa, há um espaço dedicado à ação social e à solidariedade, que apoia atualmente militares mais carenciados mas também situações de emergência das mais variadas proveniências.

“Ainda há algum tempo foi muito material daqui para Pedrogão Grande, roupas, cobertores, edredons, coisas prontas para ser utilizadas pelas pessoas que tinham perdido os seus haveres”, conta à Agência ECCLESIA o padre Licínio da Silva, recordando a tragédia dos incêndios que continua bem presente.

De acordo com o sacerdote e capelão da Base Naval de Lisboa, os dias desta valência ligada ao setor de Assistência Religiosa são de um permanente vaivém de pessoas e de bens.

“Estão sempre a chegar e a ir, quer para pessoal nosso, militar, quer para outras pessoas e instituições que sabemos que necessitam”, salienta.

Este projeto de ação social começou a ganhar forma ainda no tempo do padre Manuel da Costa Amorim, antigo capelão Chefe do Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança.

“Isto era utilizado para a catequese, para as crianças filhas dos militares e dos civis que pertenciam aqui à base. E o padre Amorim transferiu a catequese para outro lado, abrindo aqui espaço para uma a ação social”, recorda o capelão Licínio da Silva.

Em stock estão também móveis, utensílios para a casa, livros e brinquedos para as crianças, que vão chegando à medida da caridade de cada um.

A distribuição é depois feita à medida das solicitações, sendo que há casos que já estão devidamente identificados.

“As pessoas aproximam-se, vamos sabendo também das situações mesmo no exterior, algumas específicas inclusive para Fátima, instituições que já temos sinalizadas e enviamos”, explica o padre Licínio da Silva.

A organização deste projeto conta com o apoio de diversos voluntários, que selecionam os bens e organizam os objetos para a expedição, por idades e tamanhos no caso das roupas ou dos brinquedos.

O Ordinariato Castrense está a assinalar 50 anos de assistência religiosa organizada em Portugal, na sequência do primeiro curso para capelães militares que teve lugar em 1967.

Durante uma sessão comemorativa deste aniversário, o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Manuel Linda, frisou a missão dos militares em “servir a vida e o bem das pessoas”.

Aquele responsável destacou particularmente o contributo do Exército no âmbito do combate aos incêndios, uma “hecatombe nacional” que entre os meses de junho e outubro já custou a vida a mais de uma centena de pessoas e causou elevados prejuízos materiais e ambientais.

JCP

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