Igreja: Madeira despede-se de D. Maurílio de Gouveia, antes do «último adeus» em Évora

Arcebispo emérito vai ser sepultado na igreja do Espírito Santo, esta sexta-feira

Foto: Jornal da Madeira

Funchal, Madeira, 21 mar 2019 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu hoje, na catedral madeirense, à Missa de exéquias de D. Maurílio de Gouveia, arcebispo emérito de Évora que faleceu esta terça-feira, aos 86 anos de idade.

“Verdadeiramente, neste nosso pastor se manifestou a força da vida de Cristo em nós”, disse D. Nuno Brás, na homilia da celebração.

Durante a celebração, D. Nuno Brás recordou que o falecido arcebispo de Évora, natural da Madeira, cuja ordenação episcopal se celebrou precisamente na Sé do Funchal, no dia 13 de janeiro de 1974.

“Diante de nós encontra-se o corpo humano na sua fragilidade máxima mas, ao mesmo tempo, continuando a proclamar aquela juventude, aquela vida plena que brilhava na sua palavra, nos seus atos, nos seus olhos, sobretudo quando anunciava o Evangelho e celebrava os sacramentos, ou quando partilhava a sua vida de cristão e sucessor dos Apóstolos”, referiu.

D. Nuno Brás apresentou uma reflexão sobre o sentido da morte e da ressurreição na fé católica, a partir do percurso de vida de D. Maurílio de Gouveia, que faleceu na sequência de doença prolongada.

Nestes anos, disse, foi ilustrada “a passagem de alguém deste mundo para o Pai, e a passagem de Cristo, desta forma tão clara quanto dolorosa, na vida de um homem que já lhe pertencia há muito, desde o dia do seu batismo e, depois, lhe pertencia também a outro título, como sacerdote e bispo”.

Jesus não fugiu em nada ao drama humano. Não fugiu em nada ao próprio drama da morte e a tudo o que, para nós, ela significa. Viveu a vida até ao fim, como homem verdadeiro. E, precisamente desse modo, ressurge, cheio da vida divina, para anunciar a vitória da vida, a libertação da tirania”, referiu ainda.

Após as celebrações fúnebres na Sé do Funchal, a urna parte desde o aeroporto da Madeira rumo à Basílica Metropolitana de Évora; já na arquidiocese alentejana, decorre, pelas 19h00, o acolhimento na Catedral de Évora, seguindo-se a recitação de Vésperas e a Eucaristia.

Foto: Jornal da Madeira

Esta sexta-feira, depois da oração das Laudes, pelas 10h00, decorre a Missa exequial, presidida às 15h00, pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho; o cortejo fúnebre segue para a Igreja do Espírito Santo em Évora, onde decorrerá a encomendação e a sepultura dos restos mortais, no Panteão dos Arcebispos.

D. Maurílio de Gouveia nasceu no Funchal, a 5 de agosto de 1932; foi ordenado padre no dia 4 de junho de 1955; o Papa Paulo VI nomeou-o bispo auxiliar de Lisboa em 1973 e João Paulo II escolhe-o como arcebispo de Évora, em 1981, tendo permanecido nesta missão até 2008, quando lhe sucedeu D. José Alves.

OC

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