Igreja deve «fazer-se escutar»

D. José Policarpo participou na sessão solene dos 75 anos da Rádio Renascença

Lisboa, 11 abr 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, diz que um dos principais desafios da Igreja Católica é “fazer-se escutar” no meio das “muitas leituras” que acompanham a escalada evolutiva da sociedade.

“Hoje são muitas as leituras possíveis, aguerridamente propostas, como interpretação da vida de todos os dias, e há uma chave cristã para essa leitura, basta ter a compreensão do que é o Homem à luz de Jesus Cristo, o Homem que reage diante de todos os homens como irmãos”, realça o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Para facilitar esse “discernimento”, a mensagem da Igreja deve “interpelar a inteligência, tocar o coração, ir ao encontro de dinamismos e desafios presentes na identidade profunda de cada pessoa”.

“Comunicar é também sugerir um sentido da vida, do Homem e da História, e isso hoje é extraordinariamente importante e difícil”, sublinha o prelado.

D. José Policarpo transmitiu esta reflexão durante a sessão solene dos 75 anos da Rádio Renascença, esta terça-feira, nas instalações da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa.

O cardeal-patriarca mostrou-se convicto de que a emissora católica teve e continuará a ter um papel importante na transmissão e na defesa dos ideais cristãos.

“Há momentos privilegiados e poderosos para o fazer e essa é certamente uma das missões da grande comunicação”, salientou.

O reitor da UCP, Manuel Braga da Cruz, reforçou esta mensagem, defendendo a “afirmação coletiva, pública e comunitária” da fé cristã, ameaçada pelos “ataques que o moderno laicismo e o secularismo continuam a desferir contra a Igreja e contra a liberdade religiosa”.

“Há hoje um claro desígnio de muitos de eliminar a Igreja da vida e do espaço público, que pretende identificar a fé como mera questão de consciência e a religião como sendo de natureza meramente doméstica”, alertou.

JCP

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