Igreja/Cultura: «Não me imaginaria a viver sem ser católica» – Cuca Roseta

Fadista portuguesa vai participar na «LusoFesta» da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia

Lisboa, 16 jul 2016 (Ecclesia) – A fadista Cuca Roseta recebeu o “presente” ir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia, através da participação na «LusoFesta», e afirma que a Igreja Católica é a “casa” onde vai “buscar o sentido para tudo”.

“[A Igreja Católica] É a minha casa, é onde vou buscar o sentido para tudo! Não me imaginaria a viver sem ser católica, tudo o que fizesse seria vazio, não teria sentido, morreria”, disse, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Cuca Roseta, como Maria Isabel é conhecida no meio artístico, sublinhou que não consegue “viver sem esse sentido maior” de pertencer à Igreja Católica porque essa pertença “é viver, é dar sentido à vida”.

Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, dedicado à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a cantora explica que é uma pessoa muito “espiritual” e que tem a “sorte” dessa dimensão religiosa estar presente na sua vida desde pequena.

Acho que é uma sorte, os meus pais me educarem na religião católica. Tenho amigos que não tiveram essa sorte. Fazemos o batizado, depois a primeira comunhão e isso acompanha-nos durante toda a vida”, acrescentou a artista.

Cuca Roseta pertenceu a vários movimentos como as Equipas Jovens de Nossa Senhora, ‘Comunhão e Libertação’, fez a ‘Aliança de Amor’ em Schoenstatt, participou em campos de férias católicos e já fez 21 peregrinações: “A Fátima e uma a Santiago de Compostela, durante 13 dias, que foi incrível”.

“Quer dizer que na minha vida há sempre espaço para o lado da religião e sem isso a minha vida não faz sentido”, frisou, adiantando que essas formas de participação no seu percurso de vida “foi mesmo decisiva”.

Para Cuca Roseta o lado espiritual, religiosa, a ligação à fé que recebeu no batismo, assume muita importância uma vez que considera que a vida de artista, que é a sua, “é muito fútil, é muito difícil manter os pés no chão”.

“É uma vida que é muito supérflua, muito materialista também: Os patrocínios, os concertos, os vestidos, os artistas… é muito difícil gerir as duas coisas. Cumprindo o dever de ser uma artista e cantar, preciso muito de alimentar o espírito e ir buscar à fonte”, desenvolve, acrescentando que a sua relação com Deus “é de amizade”.

“Quando temos um amigo precisamos de telefonar, de estar com ele e aqui para se manter a chama acesa é preciso ir à fonte”, acentua.

Entre as muitas peregrinações que fez ao longo da vida, nunca teve oportunidade de participar na JMJ, e este ano recebeu “um presente”: a possibilidade de, aos 34 anos, “finalmente” ir ao encontro mundial de jovens católicos que se realiza em Cracóvia, na Polónia, de 26 a 31 de julho.

A fadista, “no meio de muitos concertos”, conseguiu espaço na agenda para cantar e falar na «LusoFesta», o encontro dos peregrinos portugueses organizado pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil na tarde do dia 27 de julho, no Centro de Congressos de Cracóvia.

Sobre a mensagem que vai transmitir aos jovens portugueses, Cuca Roseta destaca que o fado “é uma espécie de prece” e o que canta é uma música “extremamente emocional e sentimental” que “tem tudo a ver com a mensagem católica”.

“Eu canto muitos fados, tenho até amigos padres que às vezes escrevem letras para mim, que têm este sentido mais espiritual e vou poder cantar esses fados todos”, disse ainda na entrevista, integrada na edição do Semanário ECCLESIA dedicada à JMJ 2016.

PR/CB

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