Igreja/Abusos: Diocese das Forças Armadas e de Segurança sem registo de casos, pela Comissão Independente

D. Rui Valério reforça «total compromisso na máxima transparência e na tolerância zero»

Foto: Ordinariato Castrense

Lisboa, 10 mar 2023 (Ecclesia) – A diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança informou hoje que não recebeu “nenhuma lista nem nenhum nome” relativos a abusos sexuais no Ordinariato Castrense.

“Não chegou ao nosso conhecimento, nem ao conhecimento da Comissão Diocesana, nem tão pouco junto dos Organismos das Forças Armadas, ou das Forças de Segurança, qualquer denúncia de abuso relativa a qualquer capelão, ou a qualquer Leigo, no âmbito das atividades do mesmo Ordinariato Castrense”, refere D. Rui Valério, o bispo responsável pelo setor, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A nota precisa que esta é uma Diocese nominal, e não territorial, na qual os capelães possuem “uma dupla condição – são sacerdotes/clérigos e militares ou polícias”.

“No caso de uma denúncia de abuso, instaura-se logo/imediatamente um processo de averiguações, ou mesmo um processo disciplinar, comunica-se à Santa Sé, ativa-se o seu afastamento da unidade e do contato com as pessoas visadas e, ao mínimo indício de crime, comunica-se ao Ministério Público e à Polícia Judiciária competente”, precisa D. Rui Valério.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança afirma um “total compromisso na máxima transparência e na tolerância zero relativamente aos abusos”.

“Declaramos a nossa absoluta solidariedade para com as vítimas, disponíveis a garantir-lhes tudo o necessário para a sua recuperação, ou para diminuir o seu sofrimento. Reforçamos o nosso pedido de perdão”, conclui.

A nota surge na sequência da entrega de uma lista, pela Comissão Independente, aos responsáveis católicos de Portugal, no último dia 3 de março, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro.

O Vaticano disponibiliza desde 2020 um “vade-mécum” para ajudar os bispos e responsáveis de institutos religiosos no tratamento de denúncias de abusos sexuais de menores.

OC

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