Hungria/Eslováquia: D. José Cordeiro assinala que visita do Papa pode «ser vista como» uma porta de entrada para o Leste Europeu

Delegado da CEP aos Congressos Eucarísticos afirma que «há uma enorme expectativa» pela visita de Francisco

Foto: Delfim Machado/SNL

Budapeste, 12 set 2021 (Ecclesia) – D. José Cordeiro, delegado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aos Congressos Eucarísticos, disse que a visita do Papa à Hungria e à Eslováquia “não passará indiferente” e pode “ser vista como” uma porta de entrada para o Leste Europeu.

“A visita do Papa não passará indiferente. Marcará certamente uma viragem na história da Igreja deste país e por consequência acreditamos que também alguma influência vai ter na construção da história do futuro deste país”, referiu o convidado da entrevista semanal conjunta Ecclesia/Renascença, publicada e emitida ao domingo.

D. José Cordeiro, que é o delegado da CEP aos Congressos Eucarísticos Internacionais, afirma que “há uma enorme expectativa” pela visita do Papa Francisco que, para o comum das pessoas, “sabe a pouco porque é muito concentrada na celebração e a parte protocolar”.

“A expectativa é toda sobre este domingo, a celebração da Statio Orbis e da mensagem que o Papa traz e do sinal que quer traduzir com esta passagem”, desenvolveu o presidente da Comissão de Liturgia e Espiritualidade, da CEP.

O Papa Francisco preside hoje à celebração Eucarística de encerramento do 52.º congresso internacional, na Praça dos Heróis, e depois continua a 34ª viagem do pontificado para a Eslováquia.

‘Todas as minhas fontes estão em Ti. A Eucaristia: Fonte da nossa vida e da nossa missão cristã’ é o tema deste encontro, que devia ter acontecido em 2020 e foi adiado devido à pandemia Covid-19, e está a decorrer em Budapeste, a capital húngara, desde o dia 5 de setembro.

De Portugal está a participar um grupo de 26 pessoas de diferentes dioceses – Algarve, Aveiro, Braga, Bragança-Miranda, Évora, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa, Vila Real e Viseu – e é uma das delegações “mais visíveis”.

Segundo D. José Cordeiro estes congressos continuam a ter atualidade na Igreja porque “são uma das grandes manifestações públicas da fé da Igreja” que sublinham e valorizam o papel da Eucaristia “na vida dos cristãos e na prática eclesial”.

O bispo português destaca também a dimensão social do congresso eucarístico, que “na preparação já teve muitos gestos” e tem gestos muito significativos “na atenção aos mais pobres, aos mais desfavorecidos”, em algumas obras sociais e em vários testemunhos que têm sido partilhados.

“Na relação do Estado/Igreja, e sobretudo no que concerne à educação, à saúde, à atenção aos mais pobres, este congresso eucarístico pretende ser esse sinal de fé, de esperança e de caridade mas sobretudo de unidade e de paz; Há gestos concretos e também com outras Igrejas e outros países, nomeadamente Mianmar e também ao Iraque”, desenvolveu o bispo de Bragança-Miranda.

Segundo D. José Cordeiro celebrar a Eucaristia em geografias de perseguição religiosa é uma forma de motivar e valorizar mais a Eucaristia e dos testemunhos que têm “vivido”, e de várias intervenções, é a Eucaristia que “sustenta a vida da Igreja”.

“Sobretudo, nos momentos mais críticos de guerra, de perseguição, de fome, de tantas outras contrariedade de ordem natural ou consequências humanas. São testemunhos arrepiantes porque a força vem justamente da Eucaristia celebrada e adorada”, acrescentou o delegado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aos Congressos Eucarísticos, na entrevista semanal Ecclesia/Renascença, publicada e emitida ao domingo.

D. José Cordeiro presidiu à Eucaristia, em língua portuguesa, no dia em que a liturgia católica celebra a festa da Natividade de Nossa Senhora, a 8 de setembro, na igreja Angyalföldi Szent László”, em Budapeste.

CB

Entrevista conduzida por Henrique Cunha (Renascença), Paulo Rocha (Ecclesia)

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