G20: Papa convida a olhar para as «razões mais profundas» da crise

Bento XVI diz que o mundo espera soluções dos líderes das 20 maiores economias mundiais

Bento XVI convidou os líderes das 20 maiores economias mundiais a ter em conta as “razões mais profundas” para a actual crise económica e financeira, procurando “soluções duradouras, sustentáveis e justas”.

O Papa escreveu ao presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, que acolhe em Seul a cimeira do G20, entre 11 e 12 de Novembro.

“A atenção do mundo está centrada em vós e espera que soluções apropriadas sejam adoptadas, para superar a crise, com acordos comuns que não favoreçam alguns países à custa de outros”, pode ler-se na missiva divulgada pelo Vaticano.

Bento XVI manifesta a esperança de que os participantes entendam que “as soluções adoptadas” só irão funcionar, “em última análise, se procurarem o mesmo objectivo: o desenvolvimento autêntico e integral do homem”.

A cimeira, admite o Papa, “procura soluções para questões muito complexas, das quais depende o futuro das próximas gerações”, pelo que requerem “a cooperação de toda a comunidade internacional”.

“É decisivo para o próprio futuro da humanidade mostrar ao mundo e à história que hoje, também graças à crise, o ser humano amadureceu ao ponto de ser capaz de reconhecer que civilizações e culturas, como os sistemas económico, social e político, podem e devem convergir numa visão partilhada da dignidade humana”, indica a carta.

Bento XVI sublinha, por outro lado, que a cimeira é um “reconhecimento” do desenvolvimento económico na Coreia do Sul, primeiro país não pertencente ao G8 a acolher uma cimeira do G20.

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