Fátima: Peregrinos rezaram pelos «bombeiros, populações e todos os agentes incansáveis» que combatem os incêndios

Reitor do Santuário presidiu à Missa dominical no Recinto de Oração, apelando à responsabilidade individual

Foto: Lusa

Fátima, 10 jul 2022 (Ecclesia) – Os peregrinos do Santuário de Fátima rezaram hoje por todas as pessoas envolvidas no combate aos incêndios, em Portugal, e as populações atingidas pelos mesmos, durante a Missa dominical no Recinto de Oração da Cova da Iria.

“Hoje temos especialmente presentes todos aqueles que estão envolvidos no combate aos incêndios – os bombeiros, as populações e todos os agentes que lutam entre as chamas de forma incansável”, disse o padre Carlos Cabecinhas, reitor da instituição, que presidiu à Eucaristia.

Segundo nota divulgada online pelo Santuário de Fátima, o sacerdote evocou em particular aqueles que “de forma incansável” lutam contra os incêndios.

“Rezemos por todos os que são afetados por esta tragédia”, acrescentou.

Um dos incêndios de maior dimensão, em território português, tem lavrado no concelho a que pertence a freguesia de Fátima.

O incêndio de Ourém, distrito de Santarém, deflagrou na quinta-feira na localidade de Cumeada, afetando ainda os municípios de Ferreira do Zêzere e Alvaiázere.

“Nestes dias de muito calor, não posso deixar de reiterar os apelos das autoridades para que tenhamos todos o maior cuidado, por causa dos incêndios” alertou o reitor do Santuário, acrescentando que “a prevenção do flagelo dos incêndios também depende de cada um”.

“Este é um modo concreto de amarmos o próximo, de nos fazermos próximos dos outros”, realçou.

A reflexão partiu da parábola do “bom samaritano”, do Evangelho segundo São Lucas, lida nas celebrações dominicais, em todo o mundo.

“Os Santos Francisco e Jacinta dão-nos o exemplo desta compaixão, que os leva a fazerem-se próximos dos que precisavam da sua ajuda: os mais pobres, com quem partilhavam o pouco que tinham; as pessoas que lhes vinham confiar os seus problemas e dramas e pedir a sua oração; os que estavam longe de Deus e por quem rezavam e se sacrificavam; os que os maltratavam e a quem, apesar disso, queriam bem; os familiares – o pai, a mãe e os irmãos… De todos procuraram ser próximos e ajudar naquilo que estava ao seu alcance” recordou.

Façamo-nos próximos de quem necessite de nós e do nosso auxílio, seja amigo ou inimigo, conhecido ou desconhecido; façamo-nos próximos de qualquer irmão ou irmã caídos nos caminhos da vida, que necessitem, para se levantar, da nossa ajuda e do nosso amor. Façamo-nos próximos dos refugiados – nomeadamente ucranianos – que chegam e dos imigrantes, que entre nós procuram meios para uma vida digna”.

Apesar do calor intenso, o Santuário de Fátima registou a presença de milhares de peregrinos, incluindo nove grupos portugueses e três estrangeiros- dois de Espanha e um do Reino Unido.

OC

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