Fátima: D. António Luciano incentiva à criação de «cultura de fraternidade, de solidariedade e de amizade social»

Bispo de Viseu presidiu à Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana à Cova da Iria

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 26 set 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu defendeu uma cultura “da fraternidade e da partilha”, para enfrentar as consequências da pandemia e da guerra na Ucrânia, falando aos peregrinos reunidos este domingo, no Santuário de Fátima.

“A marginalização do pobre Lázaro, que pede acolhimento, atenção e pão, são o sinal da presença da pobreza, da fome e do sofrimento no mundo de hoje, onde o número elevado de excluídos e de pessoas com chagas continuam a ser rejeitadas”, disse D. António Luciano, na homilia da Missa a que presidiu no Recinto de Oração da Cova da Iria.

A intervenção, citada pelo Santuário de Fátima, aconteceu na Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana.

“Para incluir, acolher e partilhar o pão com os pobres, os famintos e os indigentes”, assinalou o responsável católico, explicando que o problema da riqueza e da pobreza “é transversal” a culturas e civilizações, e afeta a “dimensão humana e espiritual da pessoa”.

D. António Luciano afirmou que esta parábola constitui “um apelo” a não se deixarem “encandear pela luminosidade das riquezas e conforto dos palácios” onde abundam as comidas e as músicas que “podem alhear das necessidades reais dos próximos”.

“Não há nada pior (para um cristão) que ignorar a realidade que nos cerca fechando os olhos e o coração aos gritos do irmão; Tu homem de Deus… esta palavra é para ti, é para nós: Ajuda a reencontrar muitos irmãos a encontrar o caminho da fé”, realçou.

Segundo o bispo de Viseu, os construtores do bem, empenhados no caminho de bem-aventurança, são “impelidos a repartir o pão com os famintos”, lembrando que a vocação cristã, “enquanto caminho para Deus, leva a buscar o essencial para a vida”, como aconteceu com os pastorinhos.

A Sala de Imprensa do Santuário de Fátima informa que se fizeram anunciar 42 grupos, de 13 países, este domingo.

A Igreja Católica celebrou este domingo o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, com o tema ‘Construir o futuro com os migrantes e os refugiados’; os peregrinos presentes no santuário mariano rezaram uma prece por todos os migrantes que “buscam trabalho, estão famintos e nada têm”.

CB/OC

 

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