O cardeal Jean-Claude Hollerich e o reverendo Christian Krieger dirigem uma mensagem especial de Páscoa
Lisboa, 09 abr 2022 (Ecclesia) – O líderes das Igrejas cristãs da União Europeia deslocaram-se à fronteira da Polónia com a Ucrânia, esta sexta-feira, para dirigir um apelo à paz numa mensagem especial de Páscoa.
“Continuemos a rezar e a trabalhar pela justiça, a reconciliação e a paz entre pessoas, culturas e nações”, afirmam numa mensagem conjunta.
O cardeal Jean-Claude Hollerich, presidente do Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE), e reverendo Christian Krieger, presiente da Conferência das Igrejas Europeias (CEC) afirmam que o “mistério pascal de Cristo” remete para o “coração da injustiça, da violência e do sofrimento” e na “história da paixão e morte de Cristo ecoa o sofrimento humano e as tragédias vividas em muitas partes do nosso mundo, sobretudo pelos ucranianos no seu próprio país e para onde quer que os caminhos do exílio os tenham levado”.
“Em Cristo, Deus une-se à nossa humanidade, tomando sobre si as nossas limitações e o nosso ódio, transformando as nossas dificuldades, a nossa indignação, os nossos sentimentos de fatalidade e desespero em esperança através da confiança n’Ele”, afirmam.
Os presidentes da COMECE e da CEC valorizam o “incrível surto de solidariedade que se espalha pela Europa” e referem os “muitos sinais de esperança” que surgem no contexto do conflito na Ucrânia, nomeadamente o “generoso acolhimento” de refugiados particularmente na Polónia, e a grande mobilização de voluntários que são “um rosto de humanidade no meio da tragédia”.
“Perante o horror e a tragédia das guerras neste mundo, perante tanto sofrimento e violência provocados pelo ódio e pela ganância, continuamos a proclamar a mensagem que volta os nossos olhos para o Cristo Ressuscitado”, afirmam.
No documento, o cardeal Jean-Claude Hollerich e o reverendo Christian Krieger pedem aos europeus para continuar a acreditar, a agradecer o “apoio e solidariedade” para com os necessitados, partilhando assim “sinais de humanidade e testemunham esperança”.
PR