Estado tem peso excessivo na educação

Movimento Católico de Estudantes aprovou moção, avaliou 2008/09 e programou o próximo ano

O ensino não pode passar apenas pelo Estado, refere a moção aprovada no 30.º Conselho Nacional do Movimento Católico de Estudantes (MCE), que decorreu entre 28 e 31 de Agosto. Em declarações à Agência ECCLESIA, o anterior coordenador nacional afirmou que “não podemos estar a estrangular a educação nas instituições estatais”.

Para Francisco Aguiar, “a família, como primeiro factor da educação, e as Organizações Não Governamentais, como a nossa, também devem ter espaço para poder comunicar valores que hoje em dia não são transmitidos”.

Aquele responsável considera igualmente que “não é muito benéfico” as crianças “passarem o dia todo na escola”, “desde as oito e meia da manhã às seis e meia da tarde.”

Avaliação e programação

O balanço das actividades de 2008/9 é globalmente positivo: “Houve um aumento do número de militantes a participar nas reuniões de equipas, que é a parte principal do Movimento”, referiu o antigo coordenador.

O crescimento significativo de presenças nos encontros nacionais dos ensinos Básico-Secundário e Superior foi outro dos aspectos salientados por aquele dirigente. “Em termos da participação dos militantes – explicou – sentimos que houve um acréscimo no seu envolvimento com o Movimento. Isso notou-se muito no Encontro de Responsáveis, em que se verificou um grande interesse e compromisso”. A mesma dinâmica reflectiu-se neste Conselho Nacional, que é o órgão máximo do Movimento.

Durante a assembleia, que teve lugar no Seminário Menor da Figueira da Foz, foi ratificado o programa para 2009/10. As 10.ªs Jornadas de Universitários Católicos, marcadas para os dias 19 a 21 de Março, são a actividade mais importante do calendário. Trata-se de uma reunião “de grande dimensão, cujo objectivo principal consiste em levar uma reflexão ao meio”. “O Movimento – acrescentou Francisco Aguiar – está muito concentrado na sua realização e deseja que elas sejam um sucesso”.

As linhas de acção para o próximo ano apontam igualmente para a necessidade de aumentar o número de militantes e de equipas. Por outro lado, pretende-se “chegar a dioceses onde ainda não estamos com uma presença tão activa como gostaríamos, casos de Coimbra e Santarém”.

O novo coordenador nacional do MCE é Miguel Rodrigues, que frequenta a fase final do curso de Design, na Universidade de Aveiro. A partir deste ano, mudar-se-á para Lisboa, a fim de estar mais próximo da sede nacional. A equipa coordenadora de 2009/10 mantém alguns jovens do anterior mandato, integrando também novos elementos.

Testemunho cristão: nem sempre é fácil

As reuniões em grupo são o principal processo usado pelos cerca de 250 estudantes inscritos no Movimento para viverem a sua espiritualidade na escola e na universidade: “As equipas reúnem-se semanalmente, e depois tentam levar as suas reflexões e a sua acção, de acordo com o método da «Revisão de Vida», que consiste no «Ver, Julgar e Agir», esclareceu Francisco Guedes. “Mas nem sempre é fácil”, admite.

As sessões públicas de debate são outra das formas utilizadas para manifestar a identidade do MCE e dos seus membros.

E quando os estudos chegam ao fim? “Depois da saída do Movimento, e numa primeira fase – afirma o antigo coordenador – nem sempre todos os militantes se conseguem sentir bem. Mas depois percebem que a sua missão não termina quando deixam o MCE, e que continuam a ser chamados a prosseguir o trabalho de evangelização dos meios onde se inserem”.

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