Espanha: Autoridades municipais de Alicante tiraram cruz histórica de adro de uma igreja

Foi evocada a «Lei da Memória Histórica» para retirar «Cruz de los Caídos»

Lisboa, 02 fev 2018 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) deu eco à polémica surgida em Alicante (Espanha) com a retirada do símbolo histórico – ‘Cruz de los Caídos’ – do espaço público.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia informa que o caso “tem gerado grande polémica” em Alicante e mobilizado muitos habitantes que se “revezaram” junto à “cruz histórica” para impedir “a destruição do monumento”, “ao longo de cerca de 400 dias”.

A decisão de tirar a ‘Cruz de los Caídos’, do adro de uma igreja em Callosa de Segura, foi tomada pela edilidade local e parada esta quinta-feira com “uma providência cautelar interposta para o Tribunal Superior de Justiça de Valência”.

Segundo a AIS, o presidente da câmara municipal local, Francisco José Macià, decidiu tirar o símbolo como cumprimento da “Lei da Memória Histórica” que prevê a “retirada de monumentos, símbolos ou nomes de lugares públicos relacionados com a Guerra Civil Espanhola” e com os tempos da ditadura franquista.

A fundação explica que os monumentos da Igreja Católica não são abrangidos por essa lei, mas a edilidade avançou na segunda-feira, 29 de janeiro, com a remoção do monumento.

Neste contexto, a Associação Espanhola ‘Advogados Cristãos’ informou que vai apresentar uma queixa contra o presidente da câmara “pela retirada da cruz da praça da igreja” e interpôs uma providência cautelar para impedir a continuação dos trabalhos, que teve efeito esta quinta-feira.  

Os autores da petição esperam que a ‘Cruz de los Caídos’ possa regressar ao local onde está desde 1940, acrescenta o secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

CB

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