Ensino: Serviço social procura desenvolver «capacidades e potencialidades» das pessoas

Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica renovou licenciatura, que tem amplitude internacional

Lisboa, 19 mar 2015 (Ecclesia) – A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa renovou e atualizou a licenciatura em Serviço Social, “com uma visão a médio e longo prazo” que visa capacitar os alunos para as novas necessidades sociais nacionais e internacionais.

“Somos desafiados a ter formas de intervenção mais eficazes, ao mesmo tempo mais eficientes mas também mais inovadoras e criativas porque as formas antigas não resolvem e a nossa missão é ajudar a encontrar a solução juntamente com as pessoas”, explica Henrique Joaquim, professor de Serviço Social na Faculdade de Ciências Humanas.

À Agência ECCLESIA, o docente comenta que hoje, “cada vez mais”, qualquer problema social, individual ou coletivo “é muito complexo”.

Neste contexto, Serviço Social é uma profissão de “linha da frente”, que no terreno tem de estar muito próxima da realidade das pessoas e das suas necessidades mas também do desenvolvimento das suas “capacidades e potencialidades”.

O assistente social trabalha em áreas como a segurança social, em organizações de economia social, como instituições particulares de solidariedade social, misericórdias mas também na “execução e pensamento das políticas sociais”.

Segundo o entrevistado, a licenciatura da Faculdade de Ciências Humanas “continua” a apostar na sua marca que é relação “forte” entre ensino teórico e prático onde os alunos têm dois anos e meio de estágio em contexto real mas querem que estes também sejam capazes de “olhar para a realidade, intervir repensando-a e questionando” as formas tradicionais.

“Apostamos que sejam mais empreendedores e críticos no sentido de construção e não apenas executor, que proponham novas formas e que nós também estejamos preparados para o apoiar”, acrescenta.

Para além de parcerias com instituições de ensino internacionais, a faculdade está a alargar o âmbito a organizações internacionais de intervenção social, como as Nações Unidas ou mais especifico o Alto Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Com uma taxa de empregabilidade de cerca de 80% no fim da licenciatura, Henrique Joaquim comenta que têm “vários alunos com muito boa reputação internacional” e cada vez mais alunos procuraram experiências nos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).

“A aposta da licenciatura é dar-lhes esta mundivisão que podem fazer o exercício da profissão em Portugal mas estão habilitados e preparados para outros países. A realização fora do país é também uma aposta desta renovação”, observa o também presidente da Comunidade Vida e Paz.

O curso em Ensino Social na UCP é uma formação académica, cientifica que tem uma “marca cristã e católica subjacente” e na recente atualização da licenciatura querem “investir de forma explícita” na dimensão da espiritualidade, “não na dimensão religiosa”.

“Olhamos para o ser humano como um todo. Trabalharmos problemas sociais só na dimensão física ou económica tornam-se muitas vezes o problema ou não resolução do problema”, explica Henrique Joaquim que revela contactos com a Faculdade de Teologia e “formações específicas”.

HM/CB

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