Ensino: Associação Portuguesa de Escolas Católicas sublinha «afirmação» de matriz de «identidade cristã» no serviço da educação – Presidente da APEC

Associação celebra 25 anos no ano pastoral 2023/2024 e vai realizar II Congresso Nacional da Escola Católica centrado no Pacto Educativo Global

Lisboa, 29 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) defendeu, em entrevista ao Programa ECCLESIA, que a APEC “só faz sentido, de facto, para a afirmação” da matriz “de identidade cristã, católica” no serviço concreto da educação.

“Essa é uma herança imensa que recebemos, secular, da missão da Igreja no ensino, e que hoje a cada dia se atualiza, mais no contexto da sociedade em que hoje vivemos”, referiu Fernando Magalhães.

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas celebra 25 anos de atividade no ano pastoral de 2023/2024, e a Conferência Episcopal emitiu uma nota a assinalar a efeméride, apelando à “promoção da liberdade de educação”.

“[Mensagem] foi, obviamente, uma certeza de um acompanhamento, desde sempre, por parte dos bispos, mas que foi ocasião de um enorme estímulo, também, para todas as comunidades educativas”, assinalou o responsável.

Os desafios que se colocam hoje às escolas católicas são abordados no texto, nomeadamente a identidade e missão da APEC que, segundo Fernando Magalhães, é algo que tem de “estar muito claro para todas” as escolas católicas.

“E queremos nós que os próprios pais, como de resto a própria mensagem sublinha, assim possam escolher os projetos educativos para os seus filhos, de acordo com os seus princípios, as suas matrizes educativas, familiares, e que isso ocorra sem qualquer tipo de entraves. De resto a mensagem é muito precisa a esse nível”, destacou.

Atualmente, a realidade da Escola Católica em Portugal caracteriza-se por abranger cerca de 67 mil alunos e 117 mil estabelecimentos de ensino.

“Queremos que possam estar também reunidas algumas condições neste momento para que se venham a desenhar com algum ânimo e alguma solidez processos para que venham a ser duradores. Veremos o que é que os próximos meses nos trazem a este título, mas estamos esperançosos que se possam vir a desenhar algumas linhas a esse nível”, adiantou o presidente da APEC.

Nesse sentido, a associação já teve a ocasião de saudar a tutela para solicitar uma audiência, que espera que aconteça em breve.

Fernando Magalhães reforça a identidade como um dos desafios da escola católica, sublinhando que o objetivo não é criar um “gueto”, mas sim determinar o que define estes estabelecimentos e o que podem oferecer.

Numa sociedade cada vez mais plural, o presidente da APEC fala que existem famílias de outros enquadramentos religiosos que procuram as escolas católicas, apesar de o credo ser diferente.

“E isso é muito bonito. Agora, trazemos, é no meio deste outro ambiente que é um ambiente altamente secularizado, uma outra missão. E eu acho que tudo aquilo que num projeto nosso educativo, com a nossa matriz identitária, possa marcar, apelar como vocação à transcendência, é muito importante”, salientou.

No âmbito da celebração dos 25 anos da APEC, a associação realiza o II Congresso Nacional da Escola Católica, nos dias 10 e 11 de outubro de 2024, centrado na “identidade e pacto num mundo global”.

“Não hesitamos minimamente quando foi para identificar um tema central para o Congresso que seria o Pacto Educativo Global. Porque essa, queiramos ou não, temos de crer, é de facto um recurso, um instrumento que o Papa Francisco nos colocou na mão, preciosíssimo”, indicou.

De acordo com Fernando Magalhães, o Congresso vai desenvolver-se em torno dos sete compromissos do Pacto Educativo, através de conferências de fundo e painéis que vão dar conta da realidade diversificada das próprias escolas.

Convidados nacionais e internacionais vão ilustrar a realidade das escolas católicas, que a APEC quer, “com muita alegria, celebrar e anunciar”.

As bodas de prata da APEC e o II Congresso da Escola católica estiveram hoje em destaque no Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

LS/LJ/OC

Escolas Católicas: Associação celebra 25 anos, apontando ao Pacto Educativo Global, «desafio maior que o Papa tem feito» (c/vídeo)

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