Ecumenismo: Documento «A alegria partilhada do Evangelho» vai assinalar 50 anos de diálogo entre católicos e luteranos

Iniciativa está também inserida na preparação da comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante, marcada para 2017

Cidade do Vaticano, 05 fev 2014 (Ecclesia) – O Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Federação Luterana Mundial vão apresentar nos próximos meses um documento conjunto para assinalar 50 anos de diálogo ecuménico, na sequência do Concílio Vaticano II.

De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, o trabalho tem como título “Alegria partilhada pelo Evangelho, confissão dos pecados cometidos contra a unidade e testemunho comum para no mundo de hoje” e vai incluir “textos e subsídios para uma oração ecuménica comum”.

A iniciativa está inserida na celebração dos 500 anos da Reforma Protestante, marcada também para 2017, e que está a ser preparada em estreita colaboração por luteranos e católicos.

O Vaticano salienta que nos últimos cinquenta anos foram realizados “grandes esforços” no sentido de “relacionar a teologia dos reformadores às decisões do Concílio de Trento e do Vaticano II, avaliando se as respetivas posições se excluem ou se completam mutuamente”.

Em 2013, a Comissão Internacional de Diálogo Luterano-católica pela Unidade publicou um documento intitulado “Do conflito à Comunhão – Para uma comemoração comum da Reforma em 2017”.

Nesse texto, apresentado em junho último, o organismo descreve detalhadamente o significado de uma celebração ecuménica da Reforma, “dedica dois capítulos à apresentação dos eventos da Reforma, resume a teologia de Martinho Lutero e ilustra as resoluções do Concílio de Trento”.

“A conclusão do documento”, sublinha ainda a Santa Sé, “apresenta um resumo das principais decisões comuns da Comissão de Diálogo Luterano-católico em 1967, particularmente sobre a justificação, a Eucaristia, as Escrituras e a Tradição”.

O objetivo é convidar os cristãos a olharem para a relação com os luteranos “com espirito aberto mas também crítico, para se avançar ainda mais no caminho da plena e visível unidade da Igreja”.

A comemoração da Reforma Protestante, dentro de três anos, vai ser “realizada pela primeira vez, numa época ecuménica, muito diferente do período em que ela foi implementada”, em 1517.

“Assim, católicos e luteranos não pretendem festejar a divisão da Igreja, mas sim, trazer à memória o pensamento teológico e os acontecimentos relacionados à Reforma”, realça o Vaticano.

JCP 

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