Ecumenismo: Bispo da Guarda e pastora presbiteriana conversaram sobre reforma protestante

Aveiro, 30 out 2017 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro convidou o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, e Eva Michel, pastora da Igreja Presbiteriana, para uma conferência sobre os 500 anos da reforma protestante, no Teatro Aveirense.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, a Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro explica que do encontro surgiram duas perguntas: ‘Cinco séculos depois do início da Reforma de Lutero, como pode o diálogo ecuménico funcionar no novo mapa cristão do mundo?’ e ‘como é que católicos e protestantes são capazes de contar juntos a história da Reforma?’.

“Conjugar unidade com diversidade” é segundo D. Manuel Felício um dos desafios do atual processo de diálogo ecuménico.

O bispo da Guarda acrescentou que, apesar dos avanços doutrinais verificados na aproximação mútua entre católicos e luteranos, nem sempre a base está de acordo com os avanços teológicos.

Eva Michel afirmou que o que motivou a Reforma não foi apenas a vontade de um homem, nem as questões religiosas mas “também políticas e culturais”.

Na sessão dos ‘Diálogos na Cidade’, da Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro, a pastora da Igreja Presbiteriana disse que a separação se concretizou não tanto por causa da fé mas sobretudo pela “incapacidade de escuta” dos dois lados.

Em 1517 Martinho Lutero publicou as suas “95 teses”, nas portas da igreja do castelo de Wittenberg, provocando uma rutura entre várias comunidades cristãs, até então ligadas à Igreja Católica.

As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).

CB/OC

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