Direito à vida igual a outros direitos consagrados ao homem

Palavras de D. Manuel Felício na Homilia do Dia Mundial da Paz O direito à vida equivale a qualquer direito consagrado ao homem não podendo por isso aceitar que “no esclarecimento das consciências e no debate público se queira tornar o aborto num problema simplesmente religioso ou de confronto entre a Igreja e o Estado”. Assim reflectiu D. Manuel Felício na homilia por ocasião da celebração do Dia Mundial da Paz e da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. “O direito de viver, leva consigo o direito a ter uma vida digna, de que faz parte a liberdade, incluindo a capacidade de decidir sobre o seu futuro e de participar nas decisões que envolvem o futuro da sociedade e do mundo; implica o direito à igualdade fundamental de natureza entre todas as pessoas, de tal maneira que ninguém possa ser discriminado por razões de cultura, cor da pele, opções ideológicas e religiosas ou outras; implica ainda que sejam recusadas compreensões redutoras reduzindo o homem à sua componente material e económica”. Significa isto, que “colocar a pessoa no centro exige que os direitos humanos sejam defendidos e promovidos pelo Estado”, sublinhou, pois construir a paz “é garantir a todas e cada uma das pessoas o direito à vida e vida com a máxima qualidade possível”. Cada pessoa humana deve então “ser apreciada, valorizada quando os seus direitos forem por inteiro respeitados e lhe forem criadas todas as condições materiais e de outras ordens necessárias ao seu desenvolvimento perfeito e integral”. D. Manuel Felício sublinha a importância de “olhar para a pessoa humana com toda a dignidade e enquanto sujeito de direitos”, sendo o primeiro de todos “o direito à vida, pois sem este os outros de nada valem”. Este direito, deve merecer todo o empenho dos cidadãos e do “Estado e das suas leis na sua defesa e na sua promoção”, cuja primeira função é “criar todas as condições para que a vida humana se desenvolva e cresça”. Recordando que a vida começa com o embrião que “carrega em si já todo o código genético”, o Bispo da Guarda sublinha não ser “lícito tratar com menos respeito a vida nas suas primeiras semanas”. Referindo-se ao aborto como um “verdadeiro drama” que gera sofrimento espiritual indiscritível, sobretudo na mulher que aborta, D. Manuel Felício afirma que “em nome do carácter sagrado da vida e da dignidade da mulher, que a legalização do aborto não é o caminho”. E afirma não ser compreensível “que o Estado de Direito, cuja responsabilidade é a defesa e promoção da vida dos cidadãos, não tenha legislação clara que proteja a vida desde o início e pior ainda que se disponha a legislar contra a vida nesta fase inicial”. Adianta ainda que “não se deve impor à sociedade a dimensão religiosa do problema, pois a inviolabilidade da vida é um direito natural que a todos obriga”. Notícias relacionadas “A Pessoa humana, coração da Paz”

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