Diocese de Viseu atenta aos mais pobres

A Comissão Diocesana Justiça e Paz da Diocese de Viseu promoveu uma audição pública sob o tema “Dar voz aos Pobres para erradicar a pobreza”, deixando críticas aos “senhores da banca e da economia, insensíveis e alheios ao sofrimento dos pobres”. Falando na “degradante situação dos pobres”, que são já um quinto da população em Portugal, a Diocese convida à mobilização face “ao cenário de pobreza que se nos depara”. Um dos pontos fortes da sessão foi a projecção de um vídeo sobre situações concretas de pobreza em Viseu. “A actual crise económica, porém, está a gerar uma nova modalidade de pobreza, com o constante aumento dos que ficam sem trabalho. Aumentam os casos de «pobreza envergonhada», pessoas que não eram carenciadas e agora não estão psicologicamente preparadas para se assumirem como tal”, refere o documento conclusivo do encontro, enviado à Agência ECCLESIA. “A situação tende, pois, a agravar-se, em quantidade e qualidade: são mais os pobres, e cada vez mais pobres”, prossegue. Segundo a Comissão Diocesana Justiça e Paz, está mesmo em causa a paz social, desafiando os cristãos a “anunciar e actuar”. “Com frequência, surgem situações em que o apoio institucional não é aplicado por falta de informação adequada, por falta de uma mão caridosa que concretize esse apoio. Se, porém, casarmos a justiça com a caridade, resolver-se-ão muitos casos graves. Ajudar a obter o que a lei já concede é, muitas vezes, o primeiro acto de caridade”, refere o documento. Para o presidente da Comissão, Custódio Matos Costa, “na luta contra a pobreza há sempre um relevante papel individual que complementa a acção institucional, seja do Estado, da sociedade civil ou das Igrejas, sem o qual as instituições não lograrão alcançar o objectivo que se propõem: uma sociedade que não tenha que defrontar-se com a actual situação de pobreza de tantos dos seus membros, que a ninguém dignifica”.

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