Diálogo inter-religioso: Nenhuma guerra é santa

Comunidade de Santo Egídio promoveu encontro pela paz, na Albânia

Tirana, 10 set 2015 (Ecclesia ) – A Comunidade de Santo Egídio promoveu um encontro internacional pela paz onde 400 líderes religiosos mundiais afirmaram que a “eliminação e a opressão do outro em nome de Deus é sempre uma blasfémia”, em Tirana, Albânia.

“A guerra não se vence com a guerra: é um engano. A guerra sempre sai fora de controlo, não vos iludais. A guerra desumaniza povos inteiros”, lê-se no apelo que os líderes religiosos fizeram aos governos.

O pedido reconhece a necessidade de diálogo que “é uma grande arte e uma medicina insubstituível para a reconciliação entre os povos”.

‘A paz é sempre possível. Religiões e culturas em diálogo’ foi o tema do encontro internacional que reuniu mais de quatrocentos líderes das “grandes religiões mundiais”, entre 6 e 8 de setembro em Tirana, a capital da Albânia.

Os participantes também abordaram o tema dos refugiados e alertam que para além do acolhimento é “necessário e urgente” trabalhar pela paz porque “só o fim” dos conflitos pode deter o grande êxodo de pessoas.

“Que das religiões possa renascer um movimento de corações e de paz que não se resigne à guerra e à dor”, desejou o fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, na cerimónia final do congresso salientando que os crentes devem estar na linha da frente para dar novamente ao mundo esperança no futuro.

O Papa numa mensagem destacou que estes eventos “seguem os passos” traçados por São João Paulo II com o histórico Encontro de Assis, em outubro de 1986, e congratulou a comunidade por ter escolhido este ano a Albânia.

“Argumentar que a paz é sempre possível não é uma declaração ingénua, mas expressa a nossa crença de que nada é impossível para Deus. É claro, é-nos pedido um envolvimento quer pessoal quer das nossas comunidades para o grande trabalho da paz”, escreveu Francisco, que recordou a sua visita ao país em setembro de 2014.

Segundo o jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, a iniciativa teve a colaboração da Conferência episcopal local e da Igreja ortodoxa albanesa.

OR/CB

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