Rio Grande do Sul: «Teremos dias muito difíceis pela frente», afirma presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Tragédia  já causou dezenas de mortos, feridos, desalojados e elevados danos materiais

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 07 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre manifestou preocupação com a situação atual do Estado do Rio Grande do Sul, atingido por cheias.

“Não teremos dias muito difíceis pela frente. A água vai demorar para descer e, junto com isso, a preocupação com o atendimento a todas essas pessoas”, afirmou D. Jaime Spengler ao portal ‘Vatican News’.

De acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades do estado brasileiro, pelo menos 86 pessoas morreram e 134 estão desaparecidas, na sequência das fortes chuvas no sul do Brasil.

“Não sabemos por quanto tempo isso se fará necessário, mas também à medida que a água vai entrando na Lagoa dos Patos, nós teremos toda a região de Pelotas e de Rio Grande, que provavelmente serão também atingidas de uma forma toda particular por essas águas”, explicou o presidente da CNBB.

De forma a manter-se próximo dos paroquianos de todo o Estado, D. Jaime Spengler entrou em contacto com alguns párocos, do interior e da própria capital, adianta o portal de notícias do Vaticano.

O responsável católico relata que na região metropolitana, nomeadamente em Novo Hamburgo e São Leopoldo, registam-se praticamente 200 mil pessoas desalojadas; na cidade de Canoas, mais de 15 mil pessoas tiveram que ser retiradas das casas; e a cidade de Eldorado do Sul está “praticamente tomada pelas águas”.

“Aqui na cidade de Porto Alegre, nós estamos praticamente ilhados: não há contato por via terrestre com as cidades da região. E, nalgumas regiões, a água ainda continua a subir, embora o Guaíba tenha parado de subir. A diferença de ontem para hoje é de cerca de 10 cm”, adiantou o arcebispo de Porto Alegre.

O centro histórico de Porto Alegre, a capital regional, e várias cidades da região metropolitana foram inundadas pelo Rio Guaíba, e as inundações e os deslizamentos de terra provocaram danos consideráveis em muitas cidades do interior do Rio Grande do Sul.

As chuvas afetaram mais de 1,1 milhões de habitantes em 385 municípios, que se encontram com falta de alimentos, medicamentos e serviços básicos como eletricidade e água, adianta a Lusa.

O Papa Francisco solidarizou-se este domingo com as vítimas da tragédia, após a recitação da oração ‘Regina Coeli’, assegurando a sua oração às populações do Estado do Rio Grande do Sul.

LJ/OC

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