Desafios da missão partilhados pela Sociedade da Boa Nova

A vocação esteve na base da reflexão que juntou missionários, leigos e consagrados, na Peregrinação dos Missionários da Boa Nova a Fátima. Uma vocação que é alicerce de quem quer doar a sua vida aos outros, de uma forma mis ou menos permanente, mas centrada nas necessidades de outrem, em Portugal ou além fronteiras. Foi disso mesmo que viveu este encontro. De partilha de experiências, de formas de vida que parte do questionamento “Tu amas-me?”, como apontou o Pe. António Couto, Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova na 41.ª Peregrinação. O Pe José Marques quis ser pescador de homens e por isso, simbolicamente, usa uma rede para expressar a sua missão no norte de Moçambique, na diocese de Pemba. Ao longo de 42 anos de missão muitas são as histórias que guarda na memória. Começou por formar missionários durante sete anos e só depois concretizou o seu sonho, de ir em missão. Foi também encarregado do seminário da diocese e guarda com especial agrado a recordação das ordenações dos primeiros padres e dos votos das primeiras irmãs diocesanas, altura em que sentia “que estávamos a fazer crescer a Igreja e que o nosso trabalho era precioso diante de Deus”. Esta foi uma das partilhas que se escutou no Santuário Mariano. Presentes estiveram todos quantos partilham a missão em várias frentes, mesmo sem partir. Mas este é também um apoio essencial. Para o Pe José Marques “eles são sinal de força para quem quer transmitir a fé, porque a aumentam no apoio sincero”. O Pe. António Couto sublinha que o que se pede aos missionários “é que acolham o evangelho e a vida, e que a transmitam”. Acredita que talvez “a transmissão seja o mais complicado” mas é importante que não ao se limitem a viver e a afirmar pessoalmente a sua vida, “mas a levem aos outros”. E refere ainda que “de ano para ano se nota que há mais gente interessada”, significando que “a mensagem vai passando”. A mensagem passa e conta com muitos leigos entusiasmados pela missão, que durante meses ou anos, ou até mesmo por toda a vida, querem participar num projecto, frequentemente, além fronteiras. “Dá-se a vida com paixão. É uma causa nova”, refere o Pe. António Couto, acrescentando ainda ser “uma alegria ver cada vez mais leigos a querer dedicar a sua vida à missão com muito dinamismo e novidade”. É uma missão que se renova, com as gentes e com as metodologias. “O dinamismo não diminui, mantém-se o mesmo. Há sim que procurar novas de fazer a missão, com os contributos de cá e de lá”, sustenta. Desafios que foram partilhados na peregrinação em Fátima, e recebidos por tantos que oferecem a sua vida ao anúncio e por muitos leigos que colaboram nos projectos missionários, em Portugal ou além fronteiras.

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