«Fátima Jovem» 2024: D. Nuno Almeida diz que jovens são chamados «à esperança, a construir a paz e a construir relações de fraternidade»

Bispo de Bragança-Miranda destaca que a pastoral dos jovens «precisa agora de chegar de novo ao terreno»

Agência ECCLESIA/CB

Fátima, 07 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família disse que o ‘Fátima Jovem’ 2024, quis sublinhar que “há trabalho a fazer”, por parte da Igreja Católica em Portugal, esperando dos jovens “a fidelidade ao Evangelho”.

“Os jovens nesta fase em que estamos são chamados a construir, a levar à esperança, e a construir a paz e a construir relações de fraternidade a partir de cada palavra do Evangelho. Não é facultativa, digamos, esta perspetiva de pegarmos nas palavras, em cada uma das palavras do Evangelho, pô-las em prática, e ao mesmo tempo haver um caminho que é feito em conjunto, que é feito em comunhão, sempre aberta e sempre tendo no horizonte quem vive à volta de um grupo de jovens ou de uma realidade juvenil”, explicou, em declarações à Agência ECCLESIA.

O ‘Fátima Jovem’, peregrinação nacional de jovens católicos, reuniu 400 participantes, de 16 dioceses portuguesas.

D. Nuno Almeida explica que, desde o início, “a aposta não era nem nos números, nem uma grande concentração”, mas retomar essa experiência, “conscientes de que há trabalho a fazer”.

“A pastoral dos jovens precisa agora de chegar de novo ao terreno. Temos de recomeçar, no multiplicarmos grupos de jovens, sobretudo, aqueles grupos mais espontâneos, que, já antes da pandemia, mas com a pandemia, de alguma forma, foram ficando reduzidos e alguns não recomeçaram ainda. Portanto, agora é um momento de fazer um percurso em pequeno grupo”, desenvolveu o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.

O ‘Fátima Jovem’ decorreu pela primeira vez desde 2019, apresentando-se como “um momento importante também de esperança”, porque a pandemia interrompeu “aquilo que já era uma tradição no país”.

“Podermos recomeçar é também, para nós, um alento e sinal de alegria, porque no fundo é como fazer a ponte entre a Jornada Mundial da Juventude e o Jubileu que está aí, de 2025. E, portanto, com uma passagem de novo aqui por Fátima, pela ‘casa da Mãe’, julgo que é a melhor forma de irmos preparando também com muito empenho este jubileu e procurando que a experiência, tudo o que foi vivido na Jornada da Juventude, continua no fundo a fermentar e continue viva a experiência nos diversos grupos de jovens”, desenvolveu D. Nuno Almeida.

Alegria, música, celebração, formação e serviço fizeram parte do programa deste ‘Fátima Jovem’, Luciana Correia, do Departamento da Pastoral Juvenil de Aveiro, contactou diversas organizações para os ateliês, com o objetivo de “abranger o maior leque possível de temas”, os workshops foram sobre “Direitos Humanos, saúde mental”, projetos que existem nas comunidades e, muitas vezes, não são tão conhecidos dos jovens”.

“Conseguimos felizmente ter connosco a Amnistia Internacional, que nos veio dar aqui um grande apport do que é isto dos Direitos Humanos, conseguimos trazer o projeto ‘Vem para o Meio’, dar algum descanso, algumas férias, a pessoas que cuidam de pessoas com deficiência, uma realidade que muitos não estão sensibilizados, conseguimos falar de saúde mental, e alertarmos para a necessidade de estarem atentos a quem pode ser vítima de bullying, algum tipo de abusos: 400 jovens que vão ser os nossos olhos para o mundo”, desenvolveu.

Luciana Correia lamentou ainda que alguns convites recusados e explica que conseguiram perceber que “existe uma barreira no facto de isto ser uma atividade de Igreja” e para muitas associações que tratam o que são os direitos humanos, “o que é o olhar do outro, a Igreja é uma barreira”.

Os jovens participaram em ações de missão/serviço, em várias instituições em Fátima, com idosos, crianças e jovens, pessoas com deficiência e peregrinos

“Nós consideramos que o grande encontro com Cristo faz-se também através da missão e através do serviço e à semelhança de Maria, que é quem nos inspira nesta ‘Fátima Jovem’, quisemos dar essa oportunidade aos jovens, de fazer missão, de estar ao serviço dos outros”, explicou Cristiana Lopes, da Diocese de Leiria-Fátima.

O Programa ECCLESIA que é emitido hoje, na RTP2, apresenta entrevistas e reportagem sobre o ‘Fátima Jovem’ 2024.

CB/OC

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