D. António Marto pediu olhar humano na cidade

D. António Marto apelou ao sentido de cidadania na cidade de Leiria. O Bispo diocesano de Leiria – Fátima pediu um olhar “não apenas como lugar onde dispomos de serviços, de estruturas que tornam cómoda e oferecem bem estar à nossa vida”, mas como lugar e espaço “onde se realiza a vida dos homens nas suas várias dimensões e vertentes”.

O bispo diocesano falava no dia da cidade de Leiria, que coincide com o do aniversário da fundação da Diocese. Na homilia, D. António Marto apontou que o “amor de benevolência” com “profundas implicações cívicas e sociais” é essencial para “construir uma cidade e uma sociedade convivial”.

Na base está a amizade “que leva à concórdia, que permite fazer comunidade, estabelecer relações comunitárias, a amizade que faz prosperar a cidade”.

D. António Marto falou de “lugares simbólicos que exprimem a vida espiritual, a vida familiar, a vida económica, a vida cultural, a vida convivial, social e lúdica da cidade”. “É isto que dá alma à cidade”.

O Bispo de Leiria – Fátima pediu que o não alheamento da vida da cidade, “dos problemas”, mas “considerar a cidade como a nossa casa comum na qual todos nós somos responsáveis”.

Responsabilidade e empenho, “de modo a torná-la mais habitável, mais à medida da pessoa humana” são caminhos para a responsabilidade cívica e para a “participação na sua vida social e cultural”.

D. António Marto alertou ainda para a necessidade de se Cultivarem as “relações entre pessoas e grupos para além das suas afinidades naturais”. O bispo lamentou a categorização social que dá a impressão “de que a cidade já é um corpo demasiado grande para que haja um laço de fundo” que ponha em “comunicação e em relação todos estes grupos que formam a cidade”, para que seja “uma cidade unida”. Colocar os grupo em comunicação “enriquecimento para a cidade”.

É uma missão para a Igreja “das nossas comunidades cristãs, de cada comunidade cristã da cidade”, destacou o bispo, “criar laços de amizade, de comunhão e solidariedade” para “constituir um tecido de referência que dá suporte de fundo ao sentido cívico e moral de uma cidade”.

O Bispo de Leiria – Fátima apelou à criação de canais de comunicação, nos lugares do trabalho e tempo livre, “entre os lugares do sofrimento e os da solidariedade e do voluntariado, entre as prisões e a chamada “sociedade de bem”, entre as instituições culturais e a gente comum, entre os marginalizados e os em abrigo e aqueles que são ricos de relações e de abrigo”.

“A cidade faz corpo com as pessoas que a habitam e a pessoa humana vive de relações e de amizades”, centrou, referindo que “a amizade pela cidade e na cidade é uma expressão concreta do nosso amor a Deus”.

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