Cristãos intimidados em Israel

A expressão “Morte aos cristãos”, grafada em hebraico, foi pintada num muro junto ao Cenáculo, um dos lugares santos mais preciosos do cristianismo. A ocorrência terá acontecido a 10 de Dezembro, dia em que no Vaticano se realizava a reunião da comissão permanente de trabalho entre a Santa Sé e o Estado de Israel.

As palavras, tintadas a preto, foram escritas junto à Basílica da Dormição, no Monte Sião, a poucos metros do lugar onde os cristãos recordam a instituição da eucaristia e o nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. A frase foi imediatamente apagada para não aumentar as tensões entre cristãos e judeus.

Fontes eclesiásticas afirmaram que os autores deveriam ser jovens nacionalistas, membros de uma das escolas rabínicas. Não é a primeira vez que esses estudantes judeus ofendem a presença dos cristãos e os lugares santos naquela área: é frequente fazerem as suas necessidades fisiológicas diante da porta da Igreja do Cenáculo, em desprezo pelo lugar, e cuspirem contra sacerdotes ou religiosas que passam na zona.

A Igreja do Cenáculo não é o local original onde Jesus instituiu a eucaristia. Este lugar santo é agora propriedade de Israel, embora já no século XIV tenha pertencido à Custódia franciscana da Terra Santa. No século XVI os otomanos expulsaram os religiosos, que no entanto nunca renunciaram ao seu direito de propriedade.

A devolução do Cenáculo e de outros lugares santos à Igreja Católica foi um dos assuntos discutidos na reunião da comissão bilateral. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e chefe da delegação israelita, Daniel Ayalon, declarou que “Israel não renunciará à propriedade do lugar da Última Ceia ou de outros locais santos sob a sua directa soberania”.

Com Rádio Vaticano

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top